Uma agente da Polícia Federal no Acre cujo nome tem as iniciais A.C.S.B ganhou direito concedido pela Justiça de retorno à sua cidade natal, Boa Vista (RR), após denunciar que foi vítima de assédio moral e sexual por um outro agente da instituição durante o período em que esteve em missão no município de Assis Brasil entre os meses de outubro e dezembro do ano passado.
O texto do processo na 1ª Vara Federal da Seção Judiciária do Acre registra que houve assédio dentro de uma viatura da Polícia Federal durante a realização de diligência, além da "injustificada alteração na escala de plantão, a permitir que que o agente e a vítima pernoitassem a sós no mesmo ambiente".
A vítima, bastante abalada, passou a ser acompanhada por psicólogo após o caso.
Em sua decisão, a juíza federal Carolynne Souza de Macêdo Oliveira cita o "sofrimento" da vítima diante do contexto e ambiente de trabalho e consequentemente o "risco na manutenção de sua lotação" na Superintendência Regional da Polícia Federal no Acre, "ante a elevada probabilidade de a vítima e seu algoz serem destacados para a realização das mesmas atividades".