Visando o bem-estar, a boa qualidade de saúde e a valorização das advogadas, a Caixa de Assistência dos Advogados do Acre (CAA/AC) lançou durante a 3ª Conferência Estadual da Mulher Advogada, realizada pela Comissão da Mulher Advogada da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Acre (OAB/AC) na última semana, a “Rede de Apoio à Mulher Advogada”, com três auxílios que irão dar suporte às profissionais vítimas de violência doméstica.
O projeto introduz os auxílios Jurídico - fornecimento de consultoria e equipe técnica de acompanhamento em todos os procedimentos nas delegacias para vítimas de violência doméstica; Abrigo – que destinará a concessão de até 20 diárias em hotel para quem se viu obrigada a sair de casa por situação de abuso; e Psicológico – com oferta gratuita de atendimentos que podem ser renovados em caso de prescrição médica.
A Rede de Apoio foi idealizada para profissionais e estagiárias inscritas na Ordem que enfrentam algum cenário de violência doméstica de qualquer natureza. Ao discorrer sobre as novidades no evento, Thiago Poersch destacou que as ideias foram concretizadas a partir de constantes diálogos e reuniões com a vice-presidente da OAB/AC, Marina Belandi, com diretoras e conselheiras da Ordem, além das operadoras de Direito que integram a advocacia local.
“Me sinto extremamente feliz em poder lançar este projeto e colaborar para que esse tipo de situação tenha fim. São auxílios que não gostaríamos de ter que fornecer, oramos para que nossas colegas não passem por esse tipo de situação. Mas a violência contra a mulher é um fato cruel presente no Acre, que lidera os índices desse crime no Brasil, e precisamos criar mecanismos de proteção à advocacia feminina. É uma singela contribuição da Caixa”, pontuou o presidente.
Poersch destacou ainda que desde o início da gestão a entidade se aproxima cada vez mais das mulheres advogadas como forma de garantir a qualidade de vida e da saúde das profissionais em todo o estado. Ele também apresentou outros programas contínuos criados pela CAA/AC ao longo dos últimos três anos, voltados para as mulheres, e ações pontuais em datas temáticas como o Outubro Rosa. “Essa é a missão da Caixa, cuidar da melhor forma da nossa advocacia”, encerrou.
A advogada Edilene da Silva, que já defendeu mulheres vítimas de violência, ponderou que nunca foi tão necessária a implantação de mecanismos como os criados pela CAA/AC, principalmente neste período de isolamento social. Para ela, que também já sofreu com violências no lar, é extremamente importante ofertar esse tipo de apoio, já que nos casos de situação extrema a “Rede de Apoio à Mulher Advogada” servirá como forma de amparar as vítimas e diminuir a vulnerabilidade.
“É importante ressaltar que essa covardia não escolhe classe social. Estamos todas vulneráveis de alguma forma e essa violência tem várias faces, seja ela física, psicológica ou patrimonial. Então, ter esse apoio por parte da nossa instituição nos encoraja a sair do ciclo de violência ou da flagrância dela com esperança do resgate da vida. Ou seja, ter onde ficar nessa ruptura e contar com profissionais que busquem essa reestruturação é uma importante medida para o nosso equilíbrio e recomeço”, destacou Edilene.