Uma guarnição da Polícia Militar do Acre pediu reforço policial após o início de conflito verbal com bolsonaristas que estão acampados em frente ao 4º Batalhão de Infantaria de Selva, no bairro Boque, em Rio Branco. Os manifestantes bloquearam duas das ruas que dão acesso ao quartel do Exército, alegando que seriam para fazer fotografias.
Um dos manifestantes filmou os militares enquanto havia uma negociação para liberar a rua em frente ao quartel do exército. O vídeo circula nas redes sociais. Foi preciso que um sargento do 4º BIS intervisse para apaziguar a situação e o problema não se tornasse ainda maior. No vídeo, um dos manifestantes sugere que o policial pode ser “esquerdista”.
“Ele chegou aqui dizendo que saísse, ‘sai agora’, que não podia tirar nenhuma foto. Eu já estava com o drone no ar. Viemos aqui no quartel, e a gente pediu para o oficial de dia vir aqui e ajudar. Provavelmente ele está dizendo que estava certo. A gente que paga o salário dele, e ele vem abusar da autoridade aqui, da população, porque a mídia esquerdista não transmite”, pontua o manifestante que grava o vídeo.
O manifestante alega, ainda, que os demais policiais não estavam de acordo com os questionamentos do comandante da guarnição. “Os outros tomam café com a gente, conversam, batem papo com a gente. Esse cara hoje decidiu fazer a gente de besta”, complementa ao criticar o policial militar que tentava retirar os manifestantes da faixa de rolamento da via.
O grupo de manifestantes está na frente do 4º BIS desde o dia 02 de novembro, quando Jair Bolsonaro perdeu a eleição para Lula, em segundo turno. Os bolsonaristas, também conhecidos como “patriotas”, alegam que o movimento é em defesa da liberdade do país, e contra a esquerda que deve assumir o comando do governo central em janeiro próximo. Eles pedem a intervenção das forças armadas no governo.