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Policial federal Victor Campelo faz relatado detalhado de tudo que aconteceu na boate Sete

Policial federal Victor Campelo faz relatado detalhado de tudo que aconteceu na boate Sete

As 16:20h começou o depoimento mais esperado desta quarta-feira, 25, na 2a Vara de Tribunal do Júri e Auditoria Militar. O policial federal Victor Campelo, 30, começou relatando tudo que aconteceu no dia dos fatos em que Rafael Frota foi baleado e morreu.

De acordo com o depoimento do réu, ele estava com colegas de profissão num bar chamado Loft quando um dos integrantes do grupo sugeriu um lugar mais agitado com músicas mais animadas, foi daí que Victor e os colegas seguiram para a boate Set Club.

Quando chegaram na boate foram para um local mais próximo ao palco. Minutos depois, ainda de acordo com depoimento de Victor Campelo, ele foi ao banheiro do local, mas antes resolveu cumprimentar a amiga Yasmin Danzicourt.

"A Lavínia viu eu falando com a Yasmin e achou que eu estava dando ideia nela, mas éramos só amigos mesmo. Ela (Lavínia) veio ao meu encontro e começamos a conversar, e foi quando vi que ela tinha recebido um empurrão, mas num local cheio de gente é até normal isso acontecer. Ela virou e falou alguma coisa para esse rapaz, mas ele veio e começou a xingar ela e eu me meti entre os dois para tirar a Lavínia foi quando recebi o soco. Caí e quando percebi já haviam três pessoas me agredindo, um em cima de mim e outros dois me chutando na lateral, foi aí que saquei minha arma e efetuei os disparos. Procurei empunhar a arma de forma reta para as pessoas que estavam me agredindo", disse o federal.

Perguntado pelo Juiz Alesson Braz se em algum momento teve a intenção de atingir Rafael Frota, Victor Campelo afirmou que só viu três pessoas lhe agredindo, mas que não viu quem eram essas pessoas.

O policial federal disse ainda que após os disparos uma pessoa ainda o agarrou por trás para tomar sua arma e que, já no Pronto Socorro de Rio Branco, ficou sabendo da morte de Rafael Frota.

"Fiquei muito mal, minha intenção não era matar ninguém era me defender. Fiquei pensando na família do rapaz, pensei na minha mãe. Fiquei mal", revelou.

Ao representante do Ministério Publico, Victor Campelo afirmou que as marcas das agressões apareceram dias depois na região dos braços e tórax, mas que não foi feito exame de corpo de delito posterior.