A prefeitura de Rio Branco considera a greve dos médicos efetivos deflagrada nesta segunda-feira (8) ilegal e não descarta mover uma ação judicial para tentar encerrá-la, avisou hoje durante coletiva o secretário municipal de Gestão Administrativa e Tecnologia da Informação, Jonathan Santiago. Da coletiva participaram os secretários Sheila Vieira (Saúde) e Valtim José (Casa Civil), além de Helder Paiva, da Coordenação Política da prefeitura.
“O direito de greve é pacífico. A legislação garante esse direitos a todo e qualquer servidor, mas entendemos que neste momento ela é ilegal, porque o Município não se furtou de seguir as negociações”, disse Santiago.
O secretário informou que o Sindicato dos Médicos não comunicou com 72 horas de antecedência, como deveria, a realização da paralisação, e também não manteve o percentual mínimo, que é de 30%, de médicos trabalhando. Todos os 48 profissionais efetivos do setor cruzaram os braços. Apenas os temporários e contratados pelo Mais Médicos, do governo federal, estão atuando nas unidades de saúde do Município nesta segunda-feira.
O secretário de Gestão Administrativa explicou também que a prefeitura já elabora um projeto para enviar à Câmara de Vereadores com o objetivo de conceder um reajuste salarial a todos os servidores municipais, incluindo também os médicos. A previsão é de que esse reajuste saia em fevereiro de 2022.
“Há um estudo sobre o impacto na folha. A política de remuneração é para o ano que vem, e será enviado à Câmara”, salientou.
A paralisação
As unidades funcionam com o número de médicos reduzido. O Sindicato dos Médicos informa que os profissionais que trabalham para a Secretaria Municipal de Saúde recebem salário de R$ 1,8 mil com complementações como gratificações.