A Rede Acreana de Negócios Sustentáveis (RANS), o Earth Innovation Institute (EII) e parceiros promoveu nessa quinta-feira, 4, o Encontro de Diálogo para Futuros Negócios de Baixas Emissões do Estado do Acre entre produtores e empresários locais com o objetivo de desenvolver oportunidades de negócios ouvindo as demandas dos dois lados.
As cooperativas Sonho Meu, CAET, Central Juruá, Coopel, Arte da Floresta, Cetral Amazon e Cooperopção fizeram uma exposição para que os empresários do ramo pudessem ver a qualidade de cada produto e, com isso, ajudar nos requisitos necessários para que possam chegar, da forma mais adequada ao comércio varejista e, consequentemente à mesa do acreano.
O empresário Adem Araújo acredita que eventos assim incentivam os produtores a serem empreendedores e mostra que é possível agregar valor aos produtos. “É muito importante mostrar ao produtor, e como empresário do ramo também perceber, as oportunidades que temos no Acre. Vimos muitas ideias de produtos que foram apresentados. São produtos derivados da floresta que a nossa região valoriza, além de ter a possibilidade de ajudar a melhorá-los para que os produtores possam ter oportunidade de vender nas prateleiras dos supermercados”, disse o empresário.
O gerente operacional do Mercale, França Frysthm da Silva, explicou a importância de estar tão próximo do produtor. “É dessa forma que os produtores podem tirar todas as dúvidas para que possam se organizar na questão da formatação dos produtos a serem comercializados pelas redes de varejo. Eles estão muito bem organizados”, explicou o gerente.
O governo do estado esteve representado pelas secretarias de empreendedorismo e turismo, de planejamento, de Indústria, Ciência e Tecnologia, de Meio Ambiente e pelo diretor do Instituto de Mudanças Climáticas, Carlito Cavalcanti.
Segundo Carlito o envolvimento de produtores, empresários, organizações e governo em um debate de comercialização enaltece, ainda mais, o que existe no Acre. “Tudo isso reflete no que estamos buscando: geração de emprego, geração de renda, geração de riqueza. Esse encontro fez uma troca de experiências entre todos para que os problemas e soluções sejam mostrados e esse diálogo resulte em elemento e condições de melhorar essas relações tão necessárias entre os diferentes atores desde a produção até a comercialização para o consumidor final”, explanou Cavalcanti.
O Earth Innovation Institute (EII), ONG internacional com sede na Califórnia e com um escritório regional no Acre, foi um dos parceiros do encontro. Segundo a coordenadora, Elsa Mendoza, promover diálogos como esses nos âmbitos local, nacional e internacional é uma das funções do EII. “Essa é uma iniciativa pequena, mas queremos que esses produtos possam chegar aos Estados Unidos, Europa, com um selo de qualidade, o selo plus de baixas emissões”, esclareceu Elsa.
Para o produtor Ezequiel Oliveira, da Coopel, é dessa maneira que as cooperativas podem se tornar mais fortes e estar inseridas no varejo. “Nós precisamos nos unir para montar estratégias e nos fortalecer. E nós vimos que temos condições disso. Agora é melhorar ainda mais para atingir mercados maiores.”
De acordo com o representante da RANS, Luzivan de Melo Lopes, o encontro teve importância tanto para os produtores quanto para os empresários. “O empresário conheceu a Rede e percebeu que temos produtos diferenciados para vender, como a farinha com castanha, por exemplo. E o produtor conseguiu ver as exigências do mercado e vai voltar para a casa sabendo o que precisa fazer para que seu produto possa chegar á prateleira”, explicou Luzivan.
SOBRE A RANS
A RANS é formada por 13 cooperativas, (entre cooperativas e centrais de cooperativas) de dez municípios do Acre e vem fortalecendo e alimetando os negócios de forma sustentável. de baixas emissões.