Preocupados em alcançar jovens em situação de vulnerabilidade e proporcionar-lhes melhores oportunidades de vida, a Polícia Militar do Acre deu início ao projeto “Embaixada Jovem Militar”. A aula inaugural aconteceu nesta quarta-feira 19, e será desenvolvido em parceria com a Secretaria de Educação, além de outras instituições não governamentais.
Neste primeiro momento, a área de atuação escolhida para a início das atividades abrange os bairros que integram a região da Baixada da Sobral, todavia será estendido às demais localidades onde há maior incidência de crimes, tanto na capital, como em municípios do interior.
Segundo o coordenador, tenente-coronel Denilson Almeida, o projeto será dividido em três etapas. Os jovens com faixa etária entre 14 e 20 anos receberão complementação educacional com atividades extras que ocupem de maneira saudável o tempo em que não estiverem na escola. Em seguida serão ofertados cursos profissionalizantes para ampliação da grade curricular e, por último, poderão ser inseridos no mercado de trabalho através das instituições apoiadoras.
O trabalho que iniciou na Baixada da Sobral deverá ser estendido nos próximos dias para a Cidade do Povo e Calafate. É um projeto que trabalha em bairros onde há maior incidência criminal e observamos que há mais jovens sendo aliciados para o crime. Eles vão receber noções de civismo, participar de atividades que desenvolvam a liderança e a responsabilidade, vão poder fazer cursos profissionalizantes e aqueles que estiverem prontos serão inseridos no mercado de trabalho. Com certeza, mudaremos a história de muitos jovens”, destacou o coordenador.
Um levantamento feito pelo Atlas da Violência em 2018 aponta que o número de jovens assassinados no Brasil cresceu 84% nos últimos três anos. São pessoas com idades entre 15 e 29 anos em situação de vulnerabilidade social, envolvidos direta e indiretamente com organizações criminosas. O problema tem estimulado a criação de políticas públicas e estratégias que promovam a inclusão social de jovens em situação de vulnerabilidade.
“Nós investimos em projetos como este, pois entendemos que é assim que podemos vencer a violência. O que falta para muitos é oportunidade e se todos trabalharmos juntos podemos fazer a diferença na vida desses jovens. A todos que vão participar aconselho a jamais desistir, independente das dificuldades, mantendo o orgulho de suas origens e se tornando um exemplo para a vida de outras pessoas”, disse o comandante-geral da Polícia Militar, Ezequiel Bino.