A Defesa Civil da Capital acreana alerta para um agravamento da seca nos próximos dois meses, com impactos significativos para a navegação e o abastecimento de água. O cenário atual é caracterizado por bancos de areia visíveis, pilastras expostas e temperaturas cada vez mais elevadas.
De acordo com o tenente coronel José Gláucio, da Defesa Civil Municipal, a última precipitação significativa ocorreu em 7 de julho, com 43 milímetros de chuva. Desde então, o nível do Rio Acre tem diminuído consideravelmente.
"Atualmente, a lâmina d'água está a apenas 25 centímetros da cota histórica de 1,25 metros registrada em outubro de 2022. Desde o último aumento de 11 centímetros, o nível do rio tem decaído cerca de 1,5 a 2 centímetros por dia", explicou o coronel.
A seca severa tem forçado a Prefeitura de Rio Branco a intensificar o abastecimento de água potável para 31 comunidades rurais, e há expectativa de que o número de localidades necessitando de assistência aumente. Sem previsão de chuvas nos próximos dias, a situação deve piorar.
"O verão amazônico traz uma estiagem mais acentuada em agosto e setembro, com possíveis chuvas apenas no final de outubro. Será uma longa caminhada até que a situação se normalize", concluiu José Gláucio, que enfatizou que a Defesa Civil e a gestão municipal continuam monitorando a situação e adotando medidas para mitigar os efeitos da estiagem no município.