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Socorro pede, mas vereadores não querem aprovar repasse de R$ 2,4 milhões às empresas de ônibus

Socorro pede, mas vereadores não querem aprovar repasse de R$ 2,4 milhões às empresas de ônibus

O projeto de lei da prefeitura de Rio Branco que pede autorização da Câmara de Rio Branco para que o Executivo doe R$ 2,4 milhões às empresas de ônibus da capital encontra enorme resistência na Casa. Pelo menos 11 dos 17 vereadores se manifestaram contra a proposta. Sinal de que dificilmente o pedido de Socorro deve ser atendido.

São contrários, até o momento, os vereadores: Jackson Ramos (PT), Lene Petecão (PSD), Mamed Dankar (PSD), Rodrigo Forneck (PT) Carlos Juruna (Avanr), N. Lima (PP) Artêmio Costa (PL), Emerson Jarude (MDB), João Marcos Luz (MDB), Anderson Sandro (PSD) e Célio Gadelha (MDB).

"Ainda hoje acontecerá a reunião da CCJ para definir se o projeto de lei irá para votação em plenário na próxima semana ou se será arquivado", avisou o vereador Emerson Jarude (MDB) ao intitular a proposta como um "presente de Natal da prefeitura para as empresas".

Na terça-feira passada, a prefeitura de Rio Branco informou que o objetivo é garantir a continuidade e a expansão do serviço público de transporte coletivo, profundamente atingido pela crise da pandemia.

"Serão 114 ônibus que serão garantidos para as diversas linhas, melhorando o atendimento e garantindo o emprego dos funcionários do transporte coletivo, ameaçados de demissão se o sistema entrar mesmo em colapso", diz um texto da assessoria de imprensa da prefeitura.

Vereador repudia ato do sindicato das empresas

Na manhã desta quinta-feira (10), o sindicado das empresas mobilizou os trabalhadores, que promoveram uma manifestação na frente da Câmara de Rio Branco. Com os ônibus estacionados na frente da sede do Poder Legislativo.

O vereador João Marcos Luz (MDB) protestou contra o ato do sindicato.

“Quero aqui deixar o meu repúdio à atitude vergonhosa do sindicato, pois é uma atitude oportunista. Este sindicato que está aí não representa a categoria, não representa os trabalhadores de forma alguma. É mais fácil representar os interesses dos empresários neste instante. Este movimento que prejudica diretamente o usuário, o direito de ir e vir do usuário, é claramente um forçamento de barra à opinião pública e aos vereadores. É querer nos colocar contra a parede. Parece até que nós temos culpa. Parece até que nós somos responsáveis pela má gestão das empresas e até pelos benefícios que não chegaram aos trabalhadores. Sinceramente, não vejo, e estou falando em nome de muitos trabalhadores que ao longo do tempo têm me procurado, o sindicato agindo em favor dos trabalhadores. Está fazendo um movimento agora em favor dos empresários. Não posso aceitar este tipo de movimento. Estou dizendo porque eu conheço o sistema”, declarou.