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UTIs inauguradas pela Uninorte e Hospital Santa Juliana não estão funcionando

UTIs inauguradas pela Uninorte e Hospital Santa Juliana não estão funcionando

Um grupo de cooperados da Unimed Rio Branco está revoltado com a forma pela qual a Direção do Hospital Santa Juliana, que pertence à Diocese de Rio Branco, tratou o caso da advogada Isabella Fernandes, que está com o novo coronavírus e precisava de vaga em UTI desde a segunda-feira, dia 23.

Após muita polêmica, e a situação clínica da paciente ter ido parar na Justiça, a advogada acabou sendo levada para o Pronto-Socorro de Rio Branco, unidade pública de saúde, visto que a Unimed Rio Branco não tem UTI e não conseguiu vaga, ainda que tenha contrato com o hospital privado.

Em nota, o Santa Juliana informou que só possui 10 leitos de UTI e que todos eles estão ocupados. Além disso, dois desses leitos são isolados, contudo, também já há pacientes os utilizando. Dessa forma não sobrou espaço para a advogada ser internada e ter a recuperação que precisava.

Em linha de conflito, a Unimed Rio Branco disse à justiça e também comunicou em nota pública aos beneficiários, que o hospital possui 30 leitos, sendo 20 deles prestes a serem inaugurados, mas que por existirem, já poderiam receber novos pacientes. Justamente o número de leitos que o hospital diocesano nega ter.

Entre as farpas e os questionamentos judiciais, a questão é apenas uma: onde estão os leitos recém-inaugurados pela Uninorte e pelo Hospital Santa Juliana que, segundo os líderes de ambas as instituições, seriam utilizados para a população acreana, inclusive por meio do Sistema Único de Saúde (SUS)?

Apesar de o hospital dizer que os 30 leitos não existem, e que são apenas 10, o reitor da Uninorte, Ricardo Leite, no ato de entrega da nova UTI do hospital, fruto de parceria com o curso de medicina da privada, deixou bem claro: “O hospital já tinha 10 leitos e fizemos mais 20, com equipamentos de ponta para que a sociedade acreana possa desfrutar desse serviço de mais qualidade e mais recursos”, disse o reitor.

Confrontado pelo portal Notícias da Hora, o padre Jairo Coelho, assessor de comunicação da Diocese de Rio Branco, revelou diferente do primeiro momento, que os leitos existem, sim, porém não estão em uso. Os leitos de UTI que reapareceram em menos de 24 horas, segundo o padre, não estão sendo usados por falta de material e de profissionais necessários.

“De fato, a nova UTI do Hospital Santa Juliana dispõe de estrutura física de 20 leitos de UTI, contudo, somente 10 estão ativos e apenas para o atendimento de pacientes convencionais. Estávamos trabalhando para fazer funcionar 100% da UTI. Contudo, o Hospital está correndo contra o tempo para reformar a antiga UTI”, justificou Jairo.

Procurada, a Uninorte ratificou, em nota, todas as informações dadas pelo, mas completou dizendo que não tem qualquer administração sobre os leitos, mas sim o hospital, e que forma 20 leitos entregues contratualmente. “No que tange a gestão desses leitos, informamos que a mesma é de total responsabilidade do Santa Juliana”, pontou o centro universitário.

TRANSFERÊNCIA – A advogada Isabella Fernandes foi transferida na noite de sexta-feira, dia 27, após cinco dias lutando para viver. Ela está entubada em uma UTI do Pronto-Socorro, onde há salas isoladas para receber pacientes em estado grave que estão com o novo coronavírus. Isabella, portanto, saiu de um hospital privado, para o público.

Segundo a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), o hospital central dispõe de 10 leitos de UTI exclusivos para acolher esses pacientes. Tem sido realizado um trabalho de alinhamento e ações para garantir o suporte necessário às unidades e hospitais de todo o estado para o enfrentamento à Covid-19, como a compra de materiais e insumos para estruturar os leitos de UTI.

“O trabalho foi feito em tempo recorde para atender esses primeiros casos. Os leitos vão ser liberados pela regulação conforme a demanda solicitada”, explica a gerente de Assistência do Pronto-Socorro, Mônica Maia.

CASOS NO ACRE – O Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) informou neste sábado, dia 28, que não houve alteração no número de casos confirmados por coronavírus em análise no Laboratório de Infectologia Charles Mérieux, em Rio Branco, entre a sexta-feira, 27, e o sábado.

Desse modo, o Acre continua registrando 25 casos de pessoas infectadas por Covid-19, desde o último dia 17 deste mês, quando foram divulgados os três primeiros casos.

No Acre, até a tarde deste sábado, 28, o Centro de Infectologia Charles Mérieux havia recebido 391 amostras de casos suspeitos, das quais 245 foram descartadas ao darem negativo para a Covid-19. Já o número de exames em investigação subiu de 95 para 121.

Entre os 25 casos positivos, 17, o equivalente a 68%, são de homens, e 8 são mulheres, correspondendo a 32% do total.

Quanto à faixa etária dos casos confirmados, a maior proporção de casos encontra-se entre 40 a 49 anos para o sexo masculino, enquanto que para o sexo feminino, ele é de 30 a 39 anos.