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A luta e resiliência dos desabrigados pela cheia de rios e igarapés na Capital acreana

A luta e resiliência dos desabrigados pela cheia de rios e igarapés na Capital acreana

Em todo o Acre, as enchentes de rios e igarapés já fizeram com que mais de seis mil pessoas deixassem suas casas. Destas, 3.717 estão desabrigadas e 3.379 foram desalojadas. Em Rio Branco, o número de desalojados está em 168 e de pessoas desabrigadas é 310 em nove abrigos.

Na Capital, um desses locais é a Escola Municipal Álvaro Rocha. Lá, 17 famílias afetadas pela cheia do Igarapé São Francisco, provenientes dos bairros da Paz, Parque das Palmeiras e Conquista, dividem história de luta e resiliência.

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A dona de casa, Bianca da Graça Saraiva, de 27 anos, mãe solo de três meninas, falou da aflição de não estar em casa.

"Estamos aqui desde quinta-feira, 22. Moro na Rua Sabiá, Beco da Zezinha, bairro da Paz. Essa é a primeira vez que passo por esse tipo de situação junto com as minhas filhas, é angustiante. Peço a Deus que isso tudo acabe logo, que o igarapé volte ao normal e que a gente possa voltar logo para casa".

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A aposentada Cleonice Veloso Alves, de 76 anos, está na escola junto a um neto. A idosa comentou que não é a primeira vez que fica no abrigo.

"Já fiquei aqui outras vezes; o ano passado uma das minhas filhas, que faleceu no início deste ano, estava comigo. Sou viúva, e tudo é muito difícil. Já perdi móveis e eletrodomésticos com a enchente. Tenho que me 'virar' para conseguir tudo novamente. Porém, tenho fé no nosso Senhor. Que logo possa retornar para minha residência", desabafou.