Durante o podcast Conversa Franca deste sábado, 22, o convidado do jornalista Willamis Franca foi o pai de santo Celio de Logun. Ele bateu um papo sobre as religiões de matrizes africanas que existem em todo o Brasil.
Pai Celio, como é chamado, explicou com riqueza de detalhes durante o podcast quais os trabalhos são realizados em seu terreiro onde cultua sua religião e também onde mora atualmente. Célio de Logun contou um pouco dos preconceitos que passou e ainda passa devido as pessoas não buscarem conhecem melhor a religião, que tem como guia principal, Deus.
O pai de santo contou que já teve seu terreiro invadido por evangélicos e protestantes que acreditavam que aquele lugar pertencia ao demônio, e que não era algo de Deus. “Já tocaram fogo por 3 vezes em meu terreiro, assim como já foi invadido por evangélicos fervorosos que surgiram do nada pregando e gritando em nome de Deus que meu terreiro estava possuído por forças malignas”, conta o pai de Santo.
Durante o podcast pai Celio foi indagado quanto à pandemia em que estamos passando. Ele foi enfático: “A pandemia, dentro do que eu já busquei, dentro da minha espiritualidade, é na verdade para que o homem mude, para que o homem transforme a ganância e o próprio preconceito. A própria intolerância e não falo só da intolerância religiosa. A intolerância de tudo, pois, hoje é mais fácil eu tentar derrubar do que tentar te ajudar. É exatamente o egoísmo. O egocentrismo se tornou muito maior na humanidade, eu te digo que Deus mesmo permitiu que isso acontecesse para que o ser humano lembrasse, entendesse que nós somos irmãos. Independente de religião, independente de cor, independente de qualquer coisa somos humanos, filhos de Deus. Sabe começar a olhar para o lado, começar a olhar para o teu irmão do lado e começar a olhar para o seu vizinho, olhar para as pessoas que estão à tua volta que precisam de ti, mas a pandemia ela vem como castigo mesmo. Para que a humanidade acorde. Se você for olhar a covid, ela não pegou o pobre. Ela pegou o rico que passou para o pobre é exatamente no meio do pobre, quem não entende sua realidade e não fez distinção de classe morreu, o que tem dinheiro morreu, o que passa fome”, disse Celio, pai de Logun.
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