A diretoria da Associação Comercial do Acre – Acisa, preocupada com o atual momento em que a economia se encontra, decidiu se pronunciar em relação ao contrabando de produtos adquiridos na fronteira, um problema antigo e bastante conhecido, que se renova sem que as autoridades brasileiras consigam controlar. No Acre, estado que faz fronteira com Bolívia e Peru, empresários alegam que fiscalização está falha e que providências precisam ser tomadas imediatamente.
De acordo com informações fornecidas a entidade, o posto da Polícia Rodoviária Federal encontra-se fechado e a barreira da Polícia Militar não vem fazendo a fiscalização devida nos veículos que passam pelo local.
O presidente da Acisa, Celestino Oliveira, disse que providências precisam ser tomadas, pois a fragilidade nas fronteiras representa uma ameaça ao estado, gerando perdas que refletem na Educação, Saúde, Segurança local, pois o dinheiro fica em outro país, não tendo nenhum retorno para nossa sociedade.
“De acordo com informações recebidas pela entidade, não existe fiscalização no momento. Percebe-se que as coisas estão soltas, e isso acaba se tornando um complicador para nós que trabalhamos pelo desenvolvimento do Acre. No segmento que atuo, de cada 10 pneus consumidos pelos acreanos, 6 são oriundos da fronteira. Estes resultados prejudicam a economia, a geração de emprego e renda, a manutenção de empresas e a receita do estado, por isso, precisamos dar um basta nesta situação”, afirma.
Celestino explica que este é o momento de alertar os governantes para que tomem providências em relação a situação, pois as ações policiais precisam ser integradas e mais contundentes na fiscalização. “Com a flexibilidade nas fronteiras, armas, drogas e munições circulam facilmente no país, aumentando o volume de recursos do contrabando e dando musculatura para organizações criminosas”, disse.
A diretoria da Acisa tem conhecimento que o governador Gladson Cameli esteve no início do mês de março com o ministro da Justiça, Sérgio Moro, tratando sobre as fronteiras do Acre, mas destaca que a situação é grave e necessita de uma atenção maior, pois a região está aberta, com quase nenhuma estrutura de segurança pública.