De acordo com dados do Ministério da Saúde (MS), o Acre ocupa a segunda posição no país em incidência de casos de dengue, com 212,5 casos a cada 100 mil habitantes. Até quinta-feira (25), o estado registrou 1.764 casos prováveis, levando o governo a decretar situação de emergência em 5 de janeiro.
O Distrito Federal lidera o ranking nacional com 15.542 casos prováveis, seguido por Minas Gerais, com 34.198 casos. O Acre, por sua vez, enfrenta um aumento expressivo de 106,6% nos casos, com 3.755 positivos entre janeiro e dezembro de 2023.
A gravidade da situação foi evidenciada pela primeira morte confirmada em 2024 devido à dengue hemorrágica, ocorrida no Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul. Diante desse cenário, o Ministério da Saúde incluiu metade dos municípios acreanos na lista de vacinação contra a dengue, com a imunização focada em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou procedimento para investigar a imunização, destacando a superlotação nas unidades de saúde e buscando informações sobre o cumprimento do prazo para iniciar a vacinação, prevista para março. A vacina Qdenga, incorporada ao SUS em dezembro de 2023, será disponibilizada em fevereiro, visando combater o avanço da doença no Acre.