Dados da Associação Brasileira de Medicina de Emergência (ABRAMEDE) mostram que nos últimos 10 anos, o Acre registrou 67 internações por envenenamento acidental, intencional ou causado por terceiros, em prontos-socorros. Foram sete casos em 2024. No anterior foram 10 internações deste tipo.
Em 2016, o Acre registrou 11 casos, contra 6 de 2015. Em 2017 (9), 2018 (7), 2019 (5) e 2020 (5). Já em 2021, foram seis casos e 2022, apenas 1 registro.
Do ponto de vista de distribuição estadual, em números absolutos, estão no topo do ranking São Paulo (754 ocorrências), Minas Gerais (500), Pará (295), Paraná (289), Goiás (248), Bahia (199), Rio de Janeiro (162) e Santa Catarina (153). No outro extremo aparecem Amapá (16), Sergipe (8), Alagoas (4), Acre (3) e Roraima (1).
Os dados trazem também informações gerais sobre o perfil das vítimas de envenenamento (proposital ou acidental). A maioria dos casos envolve homens (23.796 registros).
Com relação à idade dos atingidos, o grande destaque são os adultos jovens de 20 anos a 29 anos, com 7.313 registros, e as crianças de 1 ano a 4 anos, com 7.204 registros. As faixas com menos casos são as dos bebês com menos de um ano e os idosos de 70 anos a 79 anos (com 1.612 registros) e com 80 anos ou mais (968).
Conforme salienta a coordenadora do Comitê de Toxicologia da ABRAMEDE, Juliana Sartorelo, o atendimento ao paciente envenenado é sempre uma corrida contra o tempo. “A prioridade não é identificar o intoxicante, mas garantir o suporte de vida adequado. Por isso a capacitação da equipe impacta profundamente no atendimento. Garantir via aérea, ventilação e circulação é a base para que o paciente sobreviva. Só depois, com ele estabilizado, buscamos informações que possam direcionar o tratamento específico”, disse.