O Ministério da Saúde investiga três casos de transmissão do vírus Orthobunyavirus, causador da febre oropouche, de grávidas a fetos. Além do Acre, mais seis casos estão em investigação, sendo cinco deles em Pernambuco e um na Bahia.
A febre oropouche é transmitida pelo mosquito Culicoides paraensis, que é conhecida popularmente como maruim ou mosquito-pólvora. Outro possível transmissor do agente infeccioso em ambientes urbanos é o Culex quinquefasciatus, chamado comumente de pernilongo ou muriçoca, a conhecida carapanã.
Em 4 das suspeitas, os fetos apresentaram anomalias congênitas, como microcefalia. As demais 5, evoluíram para a morte fetal.
Foi emitido também uma nota técnica aos Estados e aos municípios recomendando a intensificação da vigilância depois de o IEC (Instituto Evandro Chagas) identificar presença do genoma do vírus em 1 dos casos de morte fetal.
No entanto, até o momento, não há confirmação de que a transmissão se deu entre a mãe e o feto.
Oropouche no Acre
Conforme boletim epidemiológico semanal divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre). Até o dia 23 de julho, o número de casos chegou a 422, e a doença continua em ascensão.
O levantamento aponta que, atualmente, a oropouche está presente em 95% dos municípios acreanos. Santa Rosa do Purus é a única cidade ainda livre da doença.