A decisão do prefeito de Acrelândia (AC), Ederaldo Caetano, de adotar o toque de recolher dos cidadãos das 19h às 5h, todos os dias, e, também de proibir a entrada de pessoas e veículos de outras cidades, estados ou países como medidas para conter a propagação do novo coronavírus, têm surtido os efeitos desejados, a cidade registra o décimo dia seguido sem aumentos dos casos.
Segundo os últimos boletins epidemiológicos da Secretaria de Saúde do Estado do Acre (Sesacre), o último aumento de casos confirmados da Covid-19 em Acrelândia ocorreu no dia 16 de abril, passado de 11 para 12, sendo um aposentado de 73 anos que foi infectado por uma pessoa já positivada anteriormente, naquele mesmo dia seu vizinho município de Plácido de Castro acabava de lhe ultrapassar com 13 casos confirmados.
Acrelândia notificou 48 casos suspeitos dos quais 12 foram positivados, 30 descartados e 6 ainda esperam os resultados do laboratório Charles Mérieux, de Rio Branco (AC).
Já a capital do Estado, Rio Branco, cujas restrições têm sido adotadas mais em virtude dos decretos do governador do Acre, Gladson Cameli, com validade para todos os 22 municípios acreanos, o aumento básico dos cuidados foram apenas com uso de máscaras em ambientes fechados, a proibição de aglomerações de mais de 5 pessoas em espaços abertos e da redução do número de pessoas dentros dos comércios ao mesmo tempo.
Sem maiores registros nas restrições de circulação social, a capital viu nos mesmos 10 dias os casos confirmados quase triplicarem, saindo de 86 no dia 16 para 235 em 26 de abril. A diferença entre as ações tomadas pelo o prefeito de Acrelândia, Ederaldo Caetano, e a prefeita de Rio Branco, Socorro Nery, demonstram aquilo que Organização Mundial da Saúde (OMS) tem alertado a todos os governos do mundo de que para conter o novo coronavírus a ferramenta mais eficaz ainda é o isolamento social - até que a ciência aponte novas ferramentas mais capacitantes ao extermínio ou controle do Sars-Cov-2.