Há quem diga que há duas placas quase que onipresentes: a da Coca-Cola e a da Assembleia de Deus. No caso do refrigerante, a fábrica foi embora do Acre em 2015 após 36 anos de atividade, embora a bebida ainda seja vendida por distribuidoras locais, já a Assembleia de Deus completa 80 anos de fundação em Rio Branco comemorando o êxito em sua missão de pregar o evangelho.
Quando fundou a Assembleia de Deus na capital do Acre em janeiro de 1943, o missionário Samuel Nyström sabia, pela fé que possuía, que a base pentecostal plantada em Rio Branco, a partir de sua pregação, se espalharia por diferentes lugares: ramais, bairros da periferia e regiões mais nobres. E foi o que aconteceu. Onde há uma pessoa, ou uma alma, como costumam dizer pastores no vocabulário evangélico, aí também há uma Assembleia de Deus.
Desde sexta-feira, 20, os assembleianos (como são chamados os membros da instituição) comemoram o aniversário de 80 anos da entidade, no templo sede da igreja do 1º Distrito, com cultos de louvor e adoração. As comemorações se encerram neste domingo (22).
Ao Notícias da Hora, o presidente da Assembleia de Deus do 1º Distrito, pastor Luiz Gonzaga, afirmou que a maior obra da igreja nessas oito décadas é a salvação de pessoas.
“A maior obra da Igreja nesses oitenta anos e durante o tempo que ela existir, sem dúvida alguma, é o resgate de vidas das trevas para a luz, das guarras do pecado para a liberdade, através da pregação do Evangelho, que é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê. Junto a isso vem a reestruturação da família, que dados os terríveis ataques que vem sofrendo está perdendo a sua consistência e as esperanças.”
Mas a entidade não parou no tempo. Apesar das mudanças sociais no período em que a entidade está instalada na capital, o pastor aponta que a igreja tem como desafio manter sua identidade.
“O grande desafio da Igreja dentro deste contexto atual, até porque estamos falando de uma igreja local, é a manutenção da identidade. Com tudo o que aí está, as pessoas e instituições vão cedendo às pressões, e com isto vão perdendo as suas características e se descaracterizando, deixando de ser o deveriam ser. Isto posto, o grande desafio é manter a Igreja com a mentalidade de Igreja, o que só é possível com uma formação bíblica, teológica e espiritual, o que só e possível com a conscientização espiritual das lideranças e um grande esforço para incutir essa mentalidade na Igreja, através de seus membros e congregados.”