..::data e hora::.. 00:00:00
gif banner de site 2565x200px

Outras notícias

Advogado envolvido em confusão que resultou na morte de Juliana Chaar se pronuncia nas redes sociais: “Era pra ser eu”

Advogado envolvido em confusão que resultou na morte de Juliana Chaar se pronuncia nas redes sociais: “Era pra ser eu”

O advogado criminalista Keldhery Maia, envolvido na trágica confusão que culminou na morte de Juliana Chaar, de 36 anos, fez uma postagem comovente nas redes sociais nesta segunda-feira (24). Na publicação, ele compartilhou uma foto ao lado da amiga e revelou detalhes sobre o que tem vivido desde a madrugada do último sábado (22), quando a tragédia ocorreu nas proximidades do bar Dibuteco, em Rio Branco.

“Essa foi nossa última foto rindo, brincando, vivendo. Não imaginava que aquele sorriso seria o último que eu veria. O mundo perdeu uma luz naquela madrugada, e eu perdi uma amiga insubstituível”, escreveu Keldhery.

Juliana, que era colaboradora da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Acre (OAB/AC), foi atropelada intencionalmente por uma caminhonete durante uma briga generalizada que se iniciou dentro de uma casa noturna e se estendeu até a via pública. O advogado, que aparece em vídeos do momento da confusão sacando uma arma, afirmou que vive um “tormento” desde que presenciou Juliana agonizando.

“Estou passando pelo maior pesadelo da minha vida. Vivendo um tormento desde o momento em que vi a Ju agonizando na minha frente. Um pesadelo que nunca vai deixar de me assombrar”, relatou.

Segundo Keldhery, a intenção ao sacar a arma não era ferir ninguém, mas tentar conter as agressões que, segundo ele, ocorriam contra seus amigos e amigas. “Adotei uma postura apenas para amedrontar os agressores e cessar com aquela situação. Nunca passou pela minha cabeça que um daqueles homens teria coragem de passar o carro por cima de alguém”, escreveu.

Em um dos trechos, o advogado lamenta não ter sido ele a vítima: “E se fosse, era para passar por cima de mim, tinha que ser em mim e não na Juliana. Ela não merecia e não fez nada para morrer dessa forma. Pergunto a Deus constantemente: ‘por que ela e não eu?’”.

Keldhery conclui dizendo que irá colaborar com as investigações e se responsabilizar pelos atos que lhe couberem:
“Irei colaborar com as investigações e responderei por cada ato, à medida da minha culpabilidade. Jamais irei me eximir disso. Quanto a essas acusações, acreditem: nada é maior que a dor que estou sentindo. Era para ser eu! Mas já que não foi, só quero justiça por Juliana.”

A Polícia Civil do Acre segue com as investigações sobre o caso. Até o momento, o autor do atropelamento já foi identificado, e diligências continuam para sua prisão. Vídeos e testemunhos têm sido peças-chave no andamento do inquérito conduzido pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).