A Polícia Federal (PF) determinou, nesta segunda-feira (20/5), a reintegração do agente Dheymersonn Cavalcante Gracino dos Santos aos quadros da corporação. O policial chegou a ser preso em 2019 acusado de matar a própria filha de dois meses, o que levou à sua demissão em 2020. Na ocasião, ele foi indiciado junto com sua mãe, avó da criança, por homicídio qualificado.
Em 2021, contudo, o agente conseguiu na Justiça a revogação da demissão. E, no ano seguinte, aposentou-se por invalidez, aos 35 anos, alegando não ter condições de saúde para seguir com suas atribuições na PF. Outra reviravolta, ainda maior, estava por vir.
Em fevereiro de 2023, a Justiça do Acre, estado no qual o bebê morreu, decidiu não haver provas para condenar nem Dheymersonn nem a mãe dele. E, com isso, eles foram considerados impronunciados, quando não há sequer julgamento.
No mesmo mês, a PF tornou sem efeito a portaria que aposentava o agente e, em maio do ano passado, a Justiça Federal determinou que ele fosse reintegrado aos quadros da corporação. Dheymersonn, no entanto, manteve a alegação de que não teria condições de saúde para exercer a atividade.
Depois de submeter o agente a uma perícia laboral, a Polícia Federal determinou, esta semana, que Dheymersonn volte a trabalhar na superintendência da instituição no Acre. Ele recebia aposentadoria proporcional de R$ 12 mil por mês e deverá voltar a receber salários integrais no valor de R$ 14 mil.