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Aglomeração na Gameleira gera revolta em trabalhadores de eventos, que questionam governo e prefeitura

Aglomeração na Gameleira gera revolta em trabalhadores de eventos, que questionam governo e prefeitura

A aglomeração ao ar livre com funk e rodada de narguilé na noite deste domingo (24) no Calçadão da Gameleira, apesar de proibida por decreto no Acre, gerou questionamentos dos chamados trabalhadores de eventos, como produtores musicais, seguranças e músicos, pessoas que vivem da renda de eventos e apresentações em estabelecimentos como bares e restaurantes.

O cantor Álamo Kário, famoso artista local, publicou fotos do movimento ocorrido na Gameleira e lembrou que enquanto as pessoas quebram as regras impostas pelo Estado, a classe da qual ele faz parte está impedida de trabalhar por imposição do Estado. Dois pesos e duas medidas.

"Nós músicos, cantores e produtores musicais, estamos há algum tempo precisando trabalhar mas impedidos pela lei por muitos motivos, e entendemos principalmente toda a gravidade desse momento de pandemia.
Porém ver essa aglomeração deliberada de uma forma irresponsável e com o descaso inquestionável de uma grande parte da população nessas fotos, nos faz ficar desolados e entristecidos de todo um conceito de política em sua essência maior, ou seja:
O bem de todos, o bem para todos.
Tenho certeza de que com a sensibilidade e pulso de grandes governantes, vocês irão rever o que de imediato poderão fazer por nós."

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Tadeu Augusto, que é segurança de eventos, questiona o governo e pergunta por que, a essa altura em que há aglomerações por todos os lugares, os eventos ainda não foram liberados.

"A única coisa que nós seguranças, garçons, donos de buffet, músicos, pessoas que trabalham à noite, a única coisa que nós queríamos é voltar a trabalhar, né, recuperar nossa dignidade. E já que o governo liberou os bares a vender suas bebidas alcoólicas, nós queríamos saber por que que ainda não liberaram os eventos de buffet para ter formatura, aniversário de 15 anos. Nós queríamos que o governo fosse justo."

Elane Cristina, que trabalha com decoração, também ficou revoltada com o movimento de pessoas ontem à noite na Gameleira e fez um desabafo em sua página no Facebook: Será que isso tem explicação? Nãooooo, isso se chama irresponsabilidade. Vocês não tem noção de quantas famílias estão impedidas de trabalhar no setor de eventos. Somos muitos e muitos e muitos. Muitos estão vivendo de doações de sacolões, ajuda da família, se virando como podem.
E as contas? Chegam todo mês.
Como pagar? Só quando voltar a trabalhar. E quando isso vai acontecer? Quando essas pessoas pensarem uns nos outros e não no seu próprio umbigo. Saiam de casa pra trabalhar já que vocês podem. Mas festas e aglomeração não. Mais amor ao próximo. Será que esse amor existe? Estamos no limite. Ou melhor: já passamos do limite. Estamos desempregados sem nenhuma renda pedindo Socorrooooo. Governador Gadson Cameli , prefeita Socorro Neri usem a caneta e a autoridade de vocês. Já está na hora".

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