“Continuamos sem resposta alguma do Estado daquilo que pode ou não pode nos atender”. Foi com essa declaração que o presidente do Sindicato dos Engenheiros (Senge), Claudio Jorge Carvalho da Mota, comentou sobre o resultado da assembleia geral da categoria realizada na manhã desta quarta-feira, 19, que decidiu pelo inicio de um movimento grevista a partir da próxima segunda-feira, 24.
De acordo com o sindicalista as negociações com o Executivo teve inicio no dia 2 de janeiro de 2023 com o protocolo da proposta de reivindicações da categoria, e desde então, as conversas vem se arrastando sem uma definição, sequer uma contraproposta aos engenheiros. No dia 31 de março aconteceu uma reunião entre representantes do Senge e equipe de governo onde ficou definido um prazo até o dia 18 de abril onde a equipe governo apresentaria uma resposta. Ainda de acordo com Cláudio Mota a reunião não aconteceu, apenas o Secretário de Governo, Alysson Bestene entrou em contato com o sindicato afirmando que o governo ainda não tinha uma resposta aos engenheiros.
“Mediante a este descumprimento de um acordo, a categoria, que vem desde 2014 sem nenhum reajuste, deflagrou a greve. Não está andando em nada a nossa negociação, nos sem resposta daquilo que o Estado pode ou não pode nos atender. Então, em assembleia geral foi deflagrada a greve que começa a partir de segunda-feira, 24. É paralisação geral da categoria que é responsável por movimentar a produção e a infraestrutura no nosso Estado”, afirmou Cláudio Mota, revelando ainda que nesta quinta-feira, 20, O Senge estará oficializando o governo do Acre sobre a paralisação da categoria.
O Acre possui mais de 500 profissionais de engenharia entre ativos e inativos, destes, mais de 350 atuam no estado. Entre as reivindicações da categoria está o reajuste na tabela financeira, gratificação seja transformada em percentual e demais ajustes na lei do PCCR, algo em torno de 54% a titulo de perdas salariais calculadas desde 2014.
“É greve geral, vamos respeitar tudo o que a lei de greve estabelece como os 30% dos serviços essenciais, mas o demais serviços paralisarão, a engrenagem do Estado vai parar”, avisou Mota.