Após o decreto do governo do Acre por conta do aumento do número de casos e mortes do coronavírus, fiscais da vigilância em saúde da Prefeitura de Cruzeiro do Sul, juntamente com a Polícia Militar, foram ao comércio orientar os comerciantes quanto ao fechamento dos espaços considerados não essenciais.
Em Cruzeiro do Sul muita gente trabalha nas feiras livres. Os camelôs também estão incluídos e não podem trabalhar. A fiscalização começou na quarta-feira, dia 3, pela manhã, orientando os feirantes, camelôs e os lojistas da cidade para cumprirem o que determina o estado, e se fortaleceu desde então.
Raimundo Lim, que trabalha no mercado como camelô, diz que entende a necessidade de ficar em casa e preservar a saúde também da família. O homem alega que tem a necessidade de trabalhar para levar a alimentação para casa.
“A minha vida é esse trabalho. Se eu parar eu vou comer o quê? Porque não tem onde trabalhar. Só me mantenho com o que eu consigo vender. O auxílio foi cortado, aí a gente vai fazer o quê? Passar fome? Roubar? eles também precisam compreender e vê a nossa situação”.
Edmilson Gomes também vende na feira do mercado. Ele diz que vai ser muito difícil se tiver que parar de trabalhar. "A gente tira o sustento daqui pra manter a alimentação da nossa família e pagar as nossas dívidas. A situação é muito complicada, não é brincadeira”, completa.