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Após surto de coqueluche na Bolívia, Acre dá início a ação preventiva de vacinação na fronteira

Após surto de coqueluche na Bolívia, Acre dá início a ação preventiva de vacinação na fronteira

Após o registro de mais de 770 casos de coqueluche pelo Ministério da Saúde e Esportes da Bolívia, país vizinho ao Acre, a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), por meio do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS), deu início à execução do plano de ação preventiva para evitar possíveis surtos da doença em território acreano.

A estratégia abrange diversas frentes de trabalho, com destaque para a capacitação intensiva dos profissionais de saúde, a fim de garantir que os profissionais estejam aptos a identificar, diagnosticar, notificar e tratar a coqueluche de forma eficaz, caso sejam notificados casos no Acre.

“O protocolo de manejo clínico também está sendo atualizado para refletir as diretrizes mais recentes no tratamento da doença. Além disso, o aprimoramento do procedimento de coleta, armazenamento e transporte de amostras é fundamental para garantir diagnósticos precisos e rápidos”, explicou o chefe da Vigilância em Saúde da Sesacre, Edvan Meneses.

Vacinação

Outra ação essencial no combate à coqueluche é a vacinação na faixa de fronteira. A vacinação é a maneira mais eficaz de proteção, evitando a possibilidade de surtos.

“Essa medida visa proteger a população vulnerável, especialmente as crianças menores de cinco anos, que representam o grupo mais suscetível à doença”, explicou Renata Quiles, coordenadora do Programa Nacional de Imunização (PNI), no Acre.

Até o momento, foram confirmados 779 casos de coqueluche na Bolívia, o que ressalta a urgência dessas medidas preventivas. A coqueluche é uma doença respiratória altamente contagiosa causada pela bactéria Bordetella pertussis. Seus sintomas iniciais podem se assemelhar a um resfriado comum, com coriza, espirros e tosse leve. No entanto, a tosse característica da coqueluche é prolongada e frequentemente acompanhada por um som de chiado ao inspirar.

Em casos mais graves, a tosse pode ser intensa e violenta, podendo levar a episódios de sufocação. Esse estágio pode ser particularmente perigoso para crianças menores de cinco anos e pessoas com sistema imunológico enfraquecido. Buscar atendimento médico é fundamental ao menor sinal de sintomas suspeitos.