Com o aumento de casos de sarampo na Bolívia, o Acre entrou em estado de alerta e está intensificando medidas preventivas para evitar que o vírus ultrapasse a fronteira e se espalhe pelo Estado. As ações são coordenadas pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) e pelo Plano Nacional de Imunizações no Acre (PNI-AC), que estão atuando de forma conjunta nas regiões de fronteira com o país vizinho.
Os municípios de Plácido de Castro, Capixaba, Epitaciolândia, Brasiléia e Assis Brasil são considerados prioritários na estratégia de contenção. De acordo com a secretária adjunta de Atenção à Saúde, Ana Cristina Moraes, a Bolívia já registra 80 casos de sarampo, o que levou o Acre a reforçar ações de vigilância, vacinação e monitoramento laboratorial.
A Sesacre também articula, junto ao Ministério da Saúde, medidas integradas com outros Estados fronteiriços, como Mato Grosso, que já emitiu alerta semelhante. Entre as ações locais estão a intensificação da vacinação, a instalação de barreiras sanitárias e a realização de oficinas com profissionais de Saúde em cidades como Brasiléia e Epitaciolândia. Além disso, há diálogo com o governo do departamento de Pando (Bolívia) para reforçar a contenção do vírus ainda fora do território brasileiro.
Apesar de o Acre manter alta cobertura na primeira dose da vacina contra o sarampo em crianças menores de dois anos (96,67%), a segunda dose ainda apresenta índice abaixo do ideal (70,32%). Sem o esquema vacinal completo, a proteção é considerada insuficiente. Sarampo é uma doença infecciosa grave, causada por um vírus, que pode ser fatal. Sua transmissão ocorre quando o doente tosse, fala, espirra ou respira próximo de outras pessoas. A única maneira de evitar o sarampo é pela vacina.
Os principais sintomas do sarampo são: febre acompanhada de tosse; irritação nos olhos; nariz escorrendo ou entupido e mal-estar intenso. Em torno de 3 a 5 dias, podem aparecer outros sinais e sintomas, como manchas vermelhas no rosto e atrás das orelhas que, em seguida, se espalham pelo corpo. Após o aparecimento das manchas, a persistência da febre é um sinal de alerta e pode indicar gravidade, principalmente em crianças menores de 5 anos de idade.