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Aumento de acreanos ricos saltou em mais de 500% em cinco anos, aponta estudo da FGV

Aumento de acreanos ricos saltou em mais de 500% em cinco anos, aponta estudo da FGV

Dados divulgado pelo Observatório de Política Fiscal, do Instituto Brasileiro de Economia e da Fundação Getúlio Vargas (FGV), apontam que 38 acreanos ostentavam uma renda média de R$ 609 mil, em 2017. Entretanto, em 2022, esse número saltou para 383, com uma renda média de impressionantes R$ 159 mil.

Isso representa um salto superior a 500% em pouco mais de cinco anos, ou seja, tem acreano melhorando de vida e entrando para a seleta lista da elite brasileira.

O estudo aborda a evolução da renda no Brasil no período de 2017 a 2022 em todos os estados da federação. Os dados que compõem a nota técnica foram extraídos da Receita Federal relativos às declarações do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF).

A análise destaca a concentração de renda no topo da pirâmide social brasileira nesse período. Os resultados indicam que, não apenas a renda da elite cresceu significativamente, mas esse aumento foi ainda mais acentuado nos estados onde o agronegócio predomina na economia.

No âmbito nacional, a renda da elite do 0,01% cresceu nominalmente 96%, quase três vezes mais do que a registrada na base da pirâmide, que teve um aumento de apenas 33%. Descontando a inflação, o aumento real da renda dos mais ricos foi de 49%, enquanto entre os mais pobres e a classe média foi de apenas 1,5%.

Os estados que lideraram o aumento na renda da elite foram o Mato Grosso do Sul, com uma alta nominal de 204%, seguido por Amazonas (122%), Mato Grosso (115%), e Rondônia (106%). Por outro lado, Ceará, Pará e Rio de Janeiro tiveram os piores desempenhos nesse quesito.

O estudo também revela que o crescimento extraordinariamente alto da renda na atividade rural, principalmente nos estratos mais ricos, contribuiu significativamente para esse aumento. A renda proveniente do agronegócio, isenta de tributação em grande parte, cresceu acima de 220% (ou 140% em termos reais) no período analisado.

Embora não haja dados disponíveis que permitam comparar o crescimento de renda entre a base e o topo da pirâmide em cada estado, as altas taxas de enriquecimento em vários estados do Norte e Centro-Oeste indicam uma possível ampliação da desigualdade. A diferença regional de desempenho dos mais ricos sugere que essa disparidade não se repetirá com a mesma magnitude entre os mais pobres e a classe média.

O estudo revela baseados nas declarações do imposto de renda que os estados de Mato Grosso e São Paulo são os líderes em desigualdade, seguidos por Paraná, Mato Grosso do Sul e Goiás.

Esse cenário levanta questões sobre a sustentabilidade do crescimento econômico em um ambiente onde a desigualdade se acentua, destacando a necessidade de políticas públicas que busquem equilibrar a distribuição de renda e oportunidades.

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