A paciente Leidineia Pereira Zocoloto, de 44 anos do Hospital Raimundo Chaar, em Brasiléia, no interior do Acre, vai começar o 2020 em luto. A filha dela, que estava prestes a nascer, após nove meses de gestação, morreu antes do parto após uma espera de quatro dias pela cesariana que estava sendo indicado pelos médicos que a acompanhavam. A denúncia é do pai da criança, e marido de Leidineia.
Segundo a denúncia, feita ao site O Alto Acre, a mulher estava em trabalho de parto desde o dia 25 de dezembro, natal, data que já se era esperado o nascimento da criança. Contudo, com a justificativa de que o protocolo do SUS orienta o parto normal, a cesariana da mulher não foi realizada.
Paulo disse que irá acionar o Estado na justiça e quem tiver culpa na morte de sua primogênita. “Eles sabiam que era uma gravidez de risco e perdi minha primeira filha. Sei que nada vai trazer ela de volta, mas isso não pode acontecer dessa forma”, desabafou o pai com o caixão nas mãos.
O pai esclareceu que após a ameaça de que chamaria a polícia, os médicos resolveram assinar a declaração de óbito da criança. Apenas no domingo, quatro dias após o início do trabalho de parto, já sabendo que a criança não estava mais se mexendo, os médicos realizam o parto da criança.
O portal Notícias da Hora tentou contato com a Secretaria de Saúde do Acre, mas não obteve sucesso. “A mãe está em recuperação no hospital e aguarda alta. A bebê foi enterrada no cemitério da cidade de Epitaciolândia no final do dia deste domingo, somente com a presença do pai, tia e avó paterna”, contou o site do interior do Acre.