No final da tarde e início da noite deste sábado, 5, bolsonarista insatisfeitos com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva no último domingo, 30, quando foi eleito presidente da República, voltaram a descumprir a determinação judicial assinada pelo Juiz Giordane Dourado e fecharam novamente o trânsito nas ruas Colômbia e Valério Magalhães.
Manifestantes em todo Brasil realizam atos antidemocráticos e pedem intervenção militar. No Acre, as manifestações estão sendo realizadas em frente ao 4° Batalhão de Infantaria e Selva (4° BIS), do Exército Brasileiro.
Na última quinta, 3, o Juiz Giordane Dourado atendeu ao pedido do Ministério Público do Acre que entrou com uma ação civil pública contra os manifestantes que estavam impedindo o trânsito nas ruas no entorno do comando do Exército, além de poluição sonora e causando transtornos aos moradores vizinhos ao BIS.
Segundo a determinação judicial, a Polícia Militar ficaria responsável por desobstruir as vias e identificar os organizadores do movimento a fim de se aplicar multa no valor de R$ 1 mil por hora em caso de descumprimento da ordem.
A reportagem do NH registrou a presença de policiais militares no local da manifestação, mas, de acordo com um militar do Batalhão de Trânsito, a presença era apenas para efeito visual.
"Estamos aqui cumprindo uma determinação do comando, mas apenas para efeito visual, apenas visibilidade".
Questionado sobre quais medidas seriam adotadas diante ao flagrante de descumprimento da ordem judicial, o militar voltou a declarar que a presença deles no local era apenas para visualização.
"A ordem e ficarmos aqui por um período e depois podemos ir embora, é só para efeito visual mesmo", revelou o militar.
Quem manda é o povo
A reportagem do NH ficou por alguns minutos na manifestação e conversou com um grupo de manifestantes que estavam próximo ao portão principal do 4° BIS. O grupo declarou que a medida do magistrado Giordane Dourado é autoritária, pois o movimento é pacífico e ordeiro.
"Essa medida é autoritária, não somos criminosos e muito menos baderneiros como a imprensa quer dizer. Somos patriotas e não será um Juiz que vai nos calar. Quem manda é o povo", afirmaram os manifestantes que passaram a hostilizar a reportagem no momento em que foi solicitado a autorização de registros fotográfico do grupo e a gravação de suas declarações.