Alimentar gatos com restos de comida está proibido na Fundação Hospital do Acre (Fundhacre). Pelo menos é o que diz um cartaz afixado na unidade. O aviso foi questionado por Vanessa Facundes, ativista da causa animal, também da Patinha Carente.
“Lá tem vários gatinhos, que só estão vivos porque os funcionários com bom coração os alimentam! Aí a direção teve a "brilhante" ideia de PROIBIR que alimentem os gatos, para que eles morram de fome! Só pode ser muita falta de noção e ignorância né? Trata-se de saúde pública o cuidado com os animais! Vou dar algumas ideias para que a direção aprenda que tem alternativas para não superlotar o Hospital de animais, sem envolver maltratar ou matar de fome!”, protesta.
A ativista sugere à direção da Fundhacre alternativas como campanha de adoção: “Fazer uma campanha de adoção, tirando fotos dos gatinhos, mantê-los na parte externa do hospital, mas permitir a presença deles nos gramados, fazendo com que a imagem deles seja até um alento para quem está ali enfermo. Acionar o Zoonoses para que eles os recolham, cuide deles e arrume lares responsáveis! Incentivar os funcionários a adotarem, de forma que ganhariam horas de folga no banco de horas, HÁ MILHÕES de alternativas que não envolvam CRUELDADE! Por isso, eu venho aqui expor o que está acontecendo e cobrar do poder público que faça seu trabalho, e o @mpacre pare de tá dormindo, e acorde pra calamidade que está a Causa Animal em RIO BRANCO!”.
O outro lado
O presidente da Fundação Hospital do Acre, João Paulo Silva, disse que não há nenhuma proibição. O que existe é uma orientação da direção para que pacientes e servidores não alimentem os gatinhos nos corredores da unidade.
“A Vigilância inclusive já orientou que não pode”, diz.
“Por parte da direção não há nenhuma proibição de alimentação dos animais, de fato não há, isso aí não há. E, assim, por parte da direção não há a proibição de alimentar os animais, o que a gente faz é orientar as pessoas que não alimente os animais dentro dos corredores do hospital. Para você ter ideia, tem tanto funcionário quanto tem acompanhante paciente que pegam resto de comida e botam nos corredores do hospital e isso não pode, né?”
João Paulo informa que a quantidade de gatos abandonados no hospital aumentou muito nos últimos meses e que há uma solicitação da administração do hospital à Vigilância Sanitária para a retirada dos animais.
“A gente está esperando a resposta da Vigilância para ver qual é a metodologia e o plano que eles vão traçar para a retirada dos animais. Então assim, da parte da direção essa informação não é real. Porque tem crescido muito agora, de fato, o número de animais lá tem crescido, crescido, crescido muito. Os últimos 18 meses, assim, aumentou muito, as pessoas estão deixando lá, as pessoas pegam caixa com gato, gata parida, e jogam lá. Agora, se tu for lá, tu vai contar, assim, eu te diria que hoje não tem como ter um número exato, mas tem mais de 100 gatos, aí eu não tenho dúvida que tem.”