A Casa NINJA Amazônia realiza, no próximo dia 24 de fevereiro, o encontro Guardiões da Amazônia, um diálogo com quem vive a realidade e as adversidades da região no dia a dia.
A vivência com os Guardiões da Amazônia, que ocorre a partir das 19 horas (horário de Brasília), vai propiciar uma experiência de escuta, empatia e conhecimento sobre a defesa da nossa sociobiodiversidade.
Quem se inscrever para o encontro poderá ouvir relatos da liderança indígena do povo do povo Munduruku, médio rio Tapajós, município de Itaituba, Alessandra Munduruku; da defensora dos direitos humanos, de Marabá, no Pará, Claudelice Silva dos Santos e do agente da Comissão Pastoral da Terra (CPT) do município de Boca do Acre, no Amazonas, Cosme Capistano.
Alessandra Munduruku foi coordenadora da Associação Indígena Pariri (Munduruku do Médio Tapajós) entre 2016 e 2019, e atualmente é vice-coordenadora da mesma organização, e da Federação dos Povos Indígenas do Pará (FEPIPA). Ela participa ainda da Associação das Mulheres Munduruku Wakoborun. Nos últimos anos, tornou-se uma mulher indígena de projeção nacional e internacional, tendo recebido, em 2020, os prêmios Robert F. Kennedy de Direitos Humanos.
Já a ativista ambiental e estudante de Direito, Claudelice Santos é fundadora do Instituto Zé Cláudio e Maria, organização que leva o nome de seu irmão e cunhada assassinados em 2011 por defenderem a floresta e os direitos humanos no interior do Pará.
O agente da CPT Cosme Capistano, por sua vez, tem sido vítima de ameaças de morte desde 2009. Ele luta contra a grilagem e o avanço da fronteira agrícola no Sul do Amazonas, região de muitos conflitos fundiários. Em 2015, fez o pedido para entrar no Programa de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos, para salvaguardar a própria vida.
A inscrição para o encontro poderá ser realizada no site da casaninjaamazonia.org e a atividade será transmitida ao vivo nas redes da Casa NINJA Amazônia, Mídia NINJA e parceiros.