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Casal que perdeu o filho devido a doença rara e degenerativa, consegue na Justiça fertilização in vitro

Casal que perdeu o filho devido a doença rara e degenerativa, consegue na Justiça fertilização in vitro

O casal Daniela Moura e Marcleison Alves, acreanos do município de Porto Walter, distante quase 600 quilômetros da Capital, Rio Branco, viveram a pior experiência que um pai e uma mãe podem ter: o de inverter a ordem natural da vida! Em 10 de julho de 2022, eles tiveram que enterrar o filho Otávio, de três anos e oito meses, diagnosticado com Atrofia Muscular Espinhal (AME) tipo 1, doença rara, degenerativa que interfere na capacidade do corpo de produzir uma proteína essencial para a sobrevivência dos neurônios motores, responsáveis pelos gestos voluntários vitais simples do corpo, como respirar, engolir e se mover.

Após mais de dois anos, o casal, que atualmente está residindo em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, conseguiu na Justiça realizar a fertilização in vitro (FIV), processo de reprodução humana assistida. Nela, a fecundação – encontro do óvulo com o espermatozoide – acontece em laboratório, dando origem a um embrião, posteriormente implantado no útero.

Por meio da análise genética do embrião, um grande número de doenças genéticas e distúrbios graves, inclusive a AME, novamente, podem ser evitadas. Daniela fez um prevê relato da luta que a família travou para tentar salvar a vida do filho.

"A nossa experiência com o Otávio em relação à doença não foi muito fácil. Teve altos e baixos, infecções, digamos, traumas também. Foi uma luta muito grande no hospital; foi mais de um ano. Após esse período ele foi para casa, mas infelizmente faleceu".

Ela também comentou que não queria mais ter mais filhos após a morte do primogênito; amado e esperado por toda família.

"Não desejo a ninguém perder um filho. Fiquei tão indignada que não queria mais ser mãe, porém, a nossa médica orientou que a fertilização seria o melhor meio de evitar outro filho com Ame. Estamos aqui em Ribeirão Preto, já iniciamos os exames para realizar todos os procedimentos da técnica de reprodução assistida. Em breve, se Deus quiser, seremos abençoandos novamente. Que as famílias que passaram pela mesma situação, com a perda de um filho devido a
AME, também possa conseguir realizar a fertilização", concluiu Daniela.