A procuradora de Justiça Patrícia Rêgo, coordenadora do Centro de Atendimento à Vítima (CAV), do Ministério Público do Acre, recebeu nesta terça-feira, 30, no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), premiações pelo primeiro e segundo lugares na categoria Sistema de Justiça - observatório de gênero e CAV.
Criado em 2016, o órgão atua em defesa das vítimas de violência doméstica e familiar, de crimes contra a dignidade sexual e de crimes com motivação LGBTQI+
O CAV se especializou nos contextos de violência de gênero e familiar, dispondo de uma equipe multiprofissional, por meio da qual oferece serviços de orientação, acolhimento e atendimento social, jurídico e psicológico às vítimas.
O reconhecimento faz parte de uma premiação em homenagem à juíza Viviane Amaral, que foi vítima de feminicídio, em 2020.
“A honraria que nos foi concedida duplamente é o reconhecimento pela busca de soluções inovadoras para o enfrentamento à essa chaga brasileira . Concorreram à premiação quase 170 práticas de enfrentamento à violência doméstica, tendo o MP do Acre conquistado os dois primeiros lugares, na categoria atores do sistema de justiça, com o observatório de gênero e o CAV, respectivamente. Um feito inédito !Para nós, que, no Acre, estado menos seguro para uma mulher viver, no 5º país que mais mata mulheres no mundo, que atuamos no enfrentamento à violência de gênero, a noite de hoje representa um alento, uma motivação que nos impulsiona no caminho que escolhemos seguir, com a esperança de que encontraremos em breve uma saída para que as mulheres e meninas acreanas possam ter uma vida livre de violência numa sociedade mais igual e menos discriminatória”, afirmou.
Os atendimentos são realizados por demanda espontânea, encaminhamentos do próprio MP ou de órgãos externos, e através de busca ativa. O público tem à disposição, além do atendimento presencial, canais de acesso por telefone, site ou WhatsApp.