Não são somente os moradores da área urbana de Rio Branco que sofrem com a enchente ocasionada pela elevação das águas do Rio Acre. Boa parte da zona rural está completamente debaixo d'água. Nas comunidades rurais, Catuaba, Belo Jardim, Limoeiro e Colibri, toda a produção rural ficou perdida.
Muitos dos agricultores da base familiar, sem título definitivo da terra, não têm como acessar o Seguro Agrícola, que protege as atividades no campo contra perdas resultantes, principalmente, de fenômenos climáticos. Nada do que foi plantado em 2023, e que seria colhido este ano, pode ser aproveitado.
Muitos produtores perderam plantações de macaxeira, milho e arroz. Até os bananais, onde os roçados ficam mais longe da margem do manancial, escaparam da cheia do rio. Bastam dois dias e as raízes das plantas apodrecem e todo o trabalho de meses fica perdido.
Na Capital, 23 comunidades rurais foram afetadas com o alagamento. O prejuízo com a perda da produção pode ultrapassar os R$ 100 milhões. Na região do Projeto de Assentamento Moreno Maia, toda produção, principalmente de banana, foi perdida.
O coordenador da Defesa Civil em Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão, falou da atuação da gestão municipal para auxiliar as famílias que vivem na área rural. "Eles estão perdendo suas produções, estão isolados. Estamos levando ajuda e assistência humanitária para eles, mas, realmente é uma situação muito grave. Todos são produtores, inclusive da Agricultura Familiar", concluiu o gestor.