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Colegas do técnico em enfermagem Cláudio denunciam que leito de UTI que seria para ele foi dado a paciente da Unimed

Colegas do técnico em enfermagem Cláudio denunciam que leito de UTI que seria para ele foi dado a paciente da Unimed

A polêmica quanto sobre a morte do técnico em enfermagem Cláudio Araújo, ocorrida na semana passada no Pronto-Socorro de Rio Branco continua. Agora, servidores colegas de Cláudio alegam que a vaga que seria dele na UTI Covid-19 foi cedida a um paciente da Unimed, que estava no Hospital Santa Juliana.

A denúncia, feita hora após a morte do técnico em enfermagem, correu pelos setores do hospital rapidamente. Colegas de trabalho de Cláudio alegam que o profissional estava internado há dois dias na sala de Emergência do hospital, o que pode ter agravado o quadro clínico dele.

“O que fizeram com o Cláudio foi desrespeitoso. Um profissional que trabalhou por anos na saúde, cuidou das pessoas, mas que na hora de ser valorizado, cuidado, infelizmente foi tratado com apenas mais um, alguém que já poderia morrer, e que não merecia o leito da UTI”, disse o colega servidor.

A falta de leito de UTI para pacientes com a Covid-19 ocorre há semanas devido às limitações impostas pela falta de equipamentos e materiais médico-hospitalares necessários ao atendimentos dos usuários do SUS. Independente de o paciente que ocupou a vaga ser beneficiária da Unimed, o sistema é único e recebe qualquer cidadão.

“É como ele disse: a gente entende que todos precisam do leito. Só que o nosso amigo estava trabalhando, pegou isso certamente na unidade, e quando precisou, não teve a assistência que era necessária. Não fizeram nada para ajudá-lo. Acreditávamos que com a UTI ele sobreviveria. É um fato mesmo”, chora outra colega do técnico morto.

Em nota, a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) destacou que “o técnico de enfermagem Cláudio José Lopes de Araújo não faleceu por falta de atenção dos profissionais de saúde do Pronto-Socorro de Rio Branco”, sendo que estava “em um leito semi-intensivo do 4º andar do PS, entubado”, pontuou.

Ainda de acordo com a Sesacre, “quando esta vaga foi obtida, ele não já não tinha mais condições de ser transportado”, e reafirma que Cláudio “foi a óbito porque estava desassistido, mas porque seu estado de saúde se agravou muito rápido e quando iria ser removido para uma UTI, faleceu”, finaliza a nota.