“A vacina salva vidas e é fundamental para frear a onda de mortes e sobrecarga do sistema de saúde”
O número de novos casos de Covid-19 no Acre cresceu muito nos últimos dias, somente entre a última segunda-feira (17) e esta segunda (24), foram confirmados 4.988 casos positivo para a doença no estado.
Apesar de números altos de testes positivos, há uma grande diferença entre a primeira, segunda e a atual terceira onda da pandemia vivida pelos acreanos: a quantidade de pessoas internadas.
A partir de dados da Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre), o deputado Jenilson Leite (PSB), que também é médico infectologista, analisou o cenário atual. O gráfico feito por sua equipe mostra que na primeira onda, durante um período de oito dias, os números de internações eram, em sua maioria, superiores aos de casos confirmados diariamente.
Um segundo gráfico mostra que na segunda onda, em um comparativo também de oiti dias, o cenário era parecido, cresceu o número de novos casos, mas também aumentaram as internações.
O cenário se mostra mais favorável nesta terceira onda, onde os números de casos cresceram e muito, mas o número de internações é absolutamente baixo, como mostra o gráfico a seguir.
“Temos como exemplo o último sábado, quando o Acre registrou 1.529 testes positivos, o maior número de novos casos desde o início da pandemia, ao mesmo tempo em que apenas 37 pessoas estavam internadas, ou seja, pouco mais de 2% das pessoas que testaram positivo precisaram de tratamento hospitalar, e são na maioria pessoas que não se vacinaram ou receberam apenas uma dose. Isso é o resultado da vacina em nossa população. Nos dois primeiros picos da pandemia, as internações eram muito mais altas que os novos casos diários, as nossas UTIs estavam lotadas e com pessoas nas filas por um leito. O tempo mostrou aquilo que já falamos desde o início dos primeiros testes dos imunizantes: a vacina salva vidas e é fundamental para frear a onda de mortes e sobrecarga do sistema de saúde que vinhamos enfrentando”, disse Jenilson.
Vacinação
O Acre imunizou até o momento 50,24% da população com a segunda dose, mas há condições de avançar ainda mais, neste sentido, Jenilson Leite já sugeriu em diversas oportunidades que o Governo ajude os municípios a traçar e desenvolver estratégias de ampliação da vacinação. "Em tese a responsabilidade direta da vacinação é dos municípios, mas em um momento como esse, não podemos deixar isso só na mão das prefeituras. Precisamos criar estratégias para ampliar essa capacidade de imunização. O avanço da vacinação é a estratégia fundamental para evitar um colapso na rede pública de saúde e mortes, pois garante que o paciente não desenvolva um quadro grave da doença em que precise de oxigênio e ser internado em uma unidade de terapia intensiva", defende o médico e deputado.