A situação dos moradores de Rodrigues Alves, que precisam fazer a travessia do Rio Juruá para chegar em Cruzeiro do Sul, é preocupante. Uma cena constrangedora e, ao mesmo tempo de risco de morte, foi registrada na noite de quarta-feira (5).
Pacientes estão tendo que fazer a travessia em ‘macas’ para a outra margem do rio, isso porque as ‘balsas improvisadas’ não suportam o peso das ambulâncias. Um idoso, doente, teve que se submeter à ‘baldeação’ para chegar a Cruzeiro do Sul. Uma ambulância de Rodrigues Alves o trouxe até à margem do Juruá e outra o recebeu na margem oposta do rio.
A balsa alugada pelo governo do Estado, de propriedade do empresário Assem Cameli, está ‘quebrada’ desde o começo da semana. O aluguel pago pelo Deracre é superior a R$ 100 mil, por mês.
Um morador da região, que prefere não se identificar, disse ao Notícias da Hora que o empresário deveria colocar “imediatamente outra balsa”. Ele sugere que a balsa comandante Deodato seja utilizada. A balsa foi recentemente reformada pelo governador Gladson Cameli. “Eles preferem não usar essa balsa [Deodato] para usar a do Assem Cameli”.
Ainda de acordo com moradores, o empresário alega que não foi colocada outra balsa para substituir a danificada porque “o governo deve muitos meses”.
O jornalismo do Notícias da Hora mantém o espaço aberto ao Deracre, responsável pelo contrato com a empresa que gerencia a travessia, e o empresário Assem Cameli para falar sobre as denúncias feitas pelos moradores.