A servidora pública Claudia Maria Costa, diagnosticada com uma doença rara no reto, faz um apelo desesperado à equipe da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), para que consiga receber o medicamento Salfassalazina, de controle especial, o único capaz de reduzir as dores que sente diariamente.
Segundo a paciente do SUS no Acre, o pedido do medicamento foi feito em março desse ano, mas até agora, no mês de agosto, a única resposta que tem do CREME, o centro de distribuição de medicamentos de alto custo do Governo do Acre, é que não há previsão de entrega.
“Quero pedir esse apoio para conseguir essa medicação. Antes eu tinha conseguido por São Paulo, mas agora tem que ser por aqui. Já tentei várias vezes, já dei entrega, mas o que me dizem é que não tem previsão de chegar. Eu queria ter uma posição, pois eu sinto muitas dores, é um caso muito sério”, reclama.
Claudia implora que o remédio seja disponibilizado, pois “não é fácil ficar assim, sem resposta. Preciso saber exatamente o dia que vai ter esse remédio para eu retirar”, conta. A servidora pública revela temer que o próximo medicamento necessário também não seja entregue. O novo medicamento custa R$ 5 mil na rede privada.
Segundo a Secretaria de Saúde do Acre, em nota enviada à reportagem, o setor “enfrenta dificuldade na aquisição de medicamentos, entre eles o Salfassalazina, em razão de problemas de logística do próprio Ministério da Saúde que são decorrentes dos efeitos da pandemia de Covid-19”, justifica.
Contudo, segundo a Sesacre, como “essa situação já vem ocorrendo há algum tempo e a expectativa é a de que a distribuição seja regularizada a partir da próxima segunda-feira, 17. Nesta data, o serviço de atendimento presencial do Creme voltará à sua normalidade e poderá atender às demandas reprimidas”, completa a nota.