As ações de embargos de propriedades no Acre pelo Ibama podem estar associadas ao alto índice de desmatamento registrado no primeiro trimestre do governo Lula.
Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o presidente nacional do Ibama, (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Rodrigo Agostinho, disse que há um cinturão do desmatamento enraizado no País que vai do Maranhão, passando pelos estados do Tocantins, Pará, Mato Grosso, Amazonas e Acre.
“A gente está com cinturão de desmatamento da ordem de milhares de quilômetros. São milhares de quilômetros de pessoas com trator de esteira derrubando floresta”, disse Agostinho.
Ainda de acordo com o presidente do Ibama, o governo Lula tem procurado fortalecer o Ibama, além de promover o embargo de áreas de desmate ilegal a fim de cortar o ciclo e evitar que estes produtores tenham acesso à financiamento e reestruturação da equipe.
"Nós acreditamos que estamos no caminho certo. Mas todas essas ações de fato ainda são insuficientes. Enquanto isso tudo não ganhar escala, ainda é insuficiente”, menciona.
De acordo com a plataforma Prodes (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite), Mato Grosso (311 km²), Amazonas (187 km²) e Pará (161 km²) aparecem como os maiores desmatadores nestes primeiros três meses de governo Lula.