O governo de Cuba está mais uma vez aumentando as restrições no país para conter o que já é considerado o pior surto de coronavírus deste o início da pandemia —os casos registrados nos 12 primeiros dias de 2021 já superam o total de infecções do mês de dezembro.
As novas medidas incluem o fechamento de escolas em 34 cidades, assim como de praias, bares e casas noturnas, a paralisação do transporte público urbano e a imposição de um toque de recolher na capital, Havana.
As autoridades decidiram "proibir a mobilidade de pessoas e veículos das 19h às 5h", de acordo com um comunicado publicado nesta quinta-feira (14) pelo jornal Tribuna de La Habana, ligado ao governo do país.
O turismo doméstico também está proibido e, desde o começo do ano, viajantes vindos de países como Estados Unidos, México e República Dominicana só podem entrar em Cuba se apresentarem testes de Covid-19 com resultados negativos.
Quem descumprir as novas regras pode receber multas de até 3.000 pesos cubanos (R$ 659) —valor que excede o salário mínimo vigente no país, que é de 2.100 pesos (R$ 461,26).
Com 11 milhões de habitantes, Cuba registrou 16 mil casos e 158 mortes por coronavírus. O número é relativamente baixo se comparado à média mundial, mas o país vem batendo os próprios recordes de casos diários há sete dias consecutivos —nesta quarta, foram confirmadas 550 novas infecções de acordo com dados compilados pela Universidade Johns Hopkins. (AFP e Reuters)