Os trabalhadores do transporte coletivo, em sua grande maioria funcionários da empresa Floresta, cruzaram os braços nesta segunda-feira, dia 20, exigindo o pagamento dos salários que estariam atrasados há um ano. O movimento está concentrado no Terminal Central, e seguirá por tempo indeterminado.
Cassio Muniz, um dos líderes do movimento, explica que até não foi feito. “Hoje estamos dando um basta nessa situação. A empresa não tem nenhum compromisso. Ela está arrecadando todos os dias, e a partir de hoje vamos seguir com os ônibus parados. É um movimento permanente.”
Além dos atrasos de salários, os trabalhadores também questionam a abertura da CPI do Transporte Público, na Câmara Municipal de Rio Branco, que está deixando em suspense os nomes dos convocados que serão ouvidos pelo colegiado. A CPI é dirigida pela vereadora esquerdista Michelle Melo (PDT).
No início de setembro, a Prefeitura de Rio Branco protocolou na Casa de Leis, um projeto de lei que permitiria a injeção de até R$ 2,4 milhões às empresas do transporte coletivo com a promessa retorno de redução da tarifa, atualmente em R$ 4,00, para $ 3,50. O projeto, segundo a Casa, tinha vários erros, e foi devolvido.
“É uma proposta que pretende socorrer os usuários, dando uma tarifa menor. Ao mesmo tempo, se o Conselho de Transporte autorizar mais na frente, as empresas podem solicitar uma antecipação desse recebimento, gerando um saldo positivo que será descontado mês a mês, sem que a prefeitura pague todos os meses os valores devidos, cerca de R$ 280 mil”, explicou o superintendente da Rbtrans, Anízio Alcântara.
Nesta segunda-feira, apenas os motoristas da empresa São Judas Tadeu estão circulando pela cidade, mas a empresa opera um número muito menor de linhas. “A tendência é que 100% da frota pare, porque só tem os da São Judas trabalhando hoje”, completou Cássio Muniz, em entrevista ao Notícias da Hora.