Ativistas de esquerda acenderam velas e ergueram faixas pela democracia e contra o fascismo em diversos lugares do centro da capital e nas escadarias do Palácio Rio Branco, sede do governo do Acre, neste domingo (7). É o primeiro ato do grupo durante a pandemia de Covid-19. A agenda de manifestações deve seguir por mais dias.
"Na verdade hoje foi o primeiro de muitos atos e manifestações que serão feitas por ativistas de esquerda e sindicatos em relação a pandemia. A forma como o governo federal está tratando a pandemia no Brasil. Nós vamos completar cem dias da pandemia e não tem uma fala do presidente direcionada ao conforto das famílias ao cuidado da nação", disse o ativista político Francisco Panthio, um dos organizadores da manifestação.
As faixas pretas estendidas nos espaços e vias públicas denunciaram o fascismo e o comportamento antidemocrático em vigor atualmente no Brasil por meio dos ataques às instituições de Estado.
Os ativistas também protestaram contra o racismo e o feminicídio. Eles lembraram a morte de George Floyd, o afro-americano morto pelo policial Derek Chauvin em Minneapolis, nos EUA, no dia 25 de maio. As imagens gravadas em vídeo do policial pressionando o joelho no pescoço do homem negro geraram revolta no mundo inteiro e resultaram em uma explosão de manifestações pelos Estados Unidos.
O ativista Francisco Panthio também lembrou que o governo federal trata o atual momento da pandemia com descaso ao omitir números e criar conflitos políticos.
Os ativistas também protestaram contra o governo do Estado pela criação do Igesac, o Instituto de Gestão da Saúde do Acre, aprovado na Assembleia Legislativa. Panthio acredita que a instituição deve gerar a precarização dos serviços de saúde do Estado.