Acontece domingo, em Rio Branco, a partir das 16 horas, na Rua África Professor Ogan Arimatéia, o Samba Popular. A iniciativa celebra o Dia da Consciência Negra, comemorado dia 20 de Novembro.
O sambista Anderson Liguth esteve no podcast Conversa Franca, apresentado pelo jornalista Willamis França, nesta sexta-feira, 19. Ele destacou a importância do samba na documentação histórica e como grito de liberdade das lutas da população negra no Brasil.
“O samba sempre foi um instrumento, por muitas vezes, a única voz dos negros através dessa arte. O samba, por muitas vezes, sofreu preconceito, assim como os negros. Muitas rodas de samba foram acabadas, muitas festas de religiosas de matrizes africanas foram acabadas por policiais justamente pelo preconceito. (...) O samba vem como um instrumento histórico que revela, que registra”, afirmou.
Além da roda de samba, o evento contará com feirinha com artesanato, comidas típicas e artigos religiosos [as barracas serão das Casas de Santos das religiões de matrizes africanas e afro-brasileiras locais]. Além disso, haverá apresentações culturais de Hip-hop, Slam, grafite e capoeira.
Para Edy Bastos, do Movimento Negro, o racismo está estruturado dentro das instituições. Psicólogo, ele mencionou que já ministrou palestras em escolas onde estudantes sofreram bullying por conta da cor ou da religião. Ele afirmou que é preciso quebrar este ciclo proveniente de 400 anos de escravidão negra no Brasil.
O encontro também contou com a participação de Minéia Spoltore, presidente do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial de Rio Branco.