O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por intermédio dos promotores de Justiça Daisson Gomes Teles e Vanessa de Macedo Muniz, participou na tarde de ontem (11), de uma inspeção na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Segundo Distrito, uma das unidades de referência no combate à Covid-19 em Rio Branco.
A inspeção contou com a participação de representantes do Conselho Regional de Medicina (CRM), Conselho Regional de Enfermagem do Acre (Coren-AC) e Conselho Federal de Enfermagem (Cofen).
A visita teve como objetivo verificar diversos aspectos como o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) por servidores, quantidade de profissionais lotados na unidade, número de leitos disponíveis, além do fluxo e protocolo de atendimento aos pacientes.
Durante a inspeção, foi constatada a superlotação da UPA, vez que todos os leitos encontravam-se ocupados. Segundo administração, como forma de minimizar o problema, estavam realizando transferência de pacientes para outras unidades.
No que se refere ao quadro de pessoal, foi verificada uma defasagem no quadro de médicos e técnicos de enfermagem, além de servidores no laboratório, onde são realizados os exames. Porém, foi informado a contratação de 4 médicos e 5 técnicos de enfermagem para reforçar o atendimento, além do retorno de alguns profissionais que estavam afastados por licença médica.
O promotor de Justiça Daisson Teles chamou atenção ainda para a necessidade de melhorias no fluxo de atendimento. “Observamos que muitos pacientes com quadros estáveis poderiam ser atendidos pelas unidades básicas de saúde. O fato de se encontrarem naquele local, fomentando as aglomerações e estando expostos a contaminação reforça a necessidade de uma maior atuação da atenção primária”, disse.
Com relação ao protocolo de atendimento que vem sendo desenvolvido, a promotora de Justiça Vanessa Muniz explicou que, embora já exista, há necessidade premente de sua atualização nos moldes preconizados pelas autoridades sanitárias. Neste sentido, foi informado que a SESACRE, UFAC e CRM vem trabalhando na formulação do protocolo.
“A partir desta visita vamos aguardar os relatórios que serão encaminhados pelos conselhos de classe para apurar quais medidas devem ser adotadas, uma vez tratar-se de questão técnica afeta a área da saúde”, disse.