Corpos de vítimas da covid-19 ficam em um local inadequado em um espaço à beira da rua, ao lado do lixo hospitalar, na UPA do 2º Distrito de Rio Branco, denunciou nesta quarta-feira (20) o advogado Gabriel Santos.
O advogado se baseou na informação de uma família que perdeu uma pessoa para a covid-19. O corpo da vítima teria permanecido no local entre as 18h desta terça-feira e as 09h45 desta quarta.
Na imagem publicada por Gabriel os corpos estão em sacos impermeáveis à prova de vazamento e selado.
A Secretaria de Saúde refutou em nota que é inverídica a informação de que os corpos estão mal acondicionados e que o depósito de lixo, ao contrário do que diz o advogado, foi desativado desde o primeiro dia em que a UPA virou uma unidade para tratamento de pacientes com covid-19, em março. Ocorre que a placa que identifica o local como depósito não foi removida. Essa teria sido a falha.
"O local usado para colocar os corpos, antes que estes sejam recolhidos pelas funerárias, está localizado ao lado de um depósito já desativado e desinfetado que servia para os resíduos sólidos hospitalares comuns.
Esse depósito já não existe mais desde que a UPA se tornou referência para Covid-19, mas tão somente a placa, que não foi retirada. Além disso, o contêiner, usado para o recolhimento dos resíduos comuns da unidade, está distante a pelo menos 50 metros do recinto onde são colocados os cadáveres. O ambiente está adequado ao que exige os padrões da Vigilância Sanitária, arejado, com portão corrediço e cortina de tecido TNT preta ao longo da estrutura."
Sobre a grade do local que estava aberta, a nota informa que "isso ocorreu porque os próprios familiares abriram para ter acesso ao local, cujo procedimento é permitido para que a família vele a vítima por até uma hora, antes de ser ser levada para sepultamento. Quanto ao acondicionamento dos corpos, eles seguem ao padrão do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde, que é o de embalar em grandes sacos apropriados para pessoas que faleceram por doenças infectocontagiosas", conclui a Secretaria de Saúde.