“A transição de Vegetação florestal para mosaicos é frequente em áreas de ocupação recente, como na expansão das chamadas “espinhas de peixe”, rodovias e estradas vicinais que atraem processos de ocupação na região amazônica”
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), reunidos no estudo Monitoramento da Cobertura e Uso da Terra no Brasil 2018-2020, revelam que o Acre perdeu em dois anos 910 km² de floresta.
O Pará lidera o ranking com 4.717 km². Em seguida aparece o Mato Grosso, com 2.478 km². Rondônia, 2 112 km² e Amazonas, 1 652 km².
“A dinâmica das áreas florestais nessas Unidades da Federação é marcada pelas conversões para Mosaicos de ocupações em área florestal e para Pastagem com manejo. A transição de Vegetação florestal para mosaicos é frequente em áreas de ocupação recente, como na expansão das chamadas “espinhas de peixe”, rodovias e estradas vicinais que atraem processos de ocupação na região amazônica”, diz o estudo.
Os pesquisadores concluíram que “a análise dos dados produzidos para o biênio 2018/2020 revelou uma continuidade nas tendências observadas nos últimos períodos. As atividades agrícolas e de silvicultura avançaram principalmente sobre áreas de pastagem e, em menor escala, sobre áreas de vegetação nativa, representadas pelas vegetações florestais e campestres. Outra
tendência observada foi o avanço de mosaicos sobre áreas de vegetação nativa indicando uma fragmentação desses ambientes, assim como o aumento das pastagens sobre mosaicos e sobre a vegetação nativa, indicando uma perda de remanescentes de ambientes naturais”.