Conforme o verão amazônico vai se intensificando, também se tem um aumento da área desmatada na Amazônia acreana. É o que mostra os dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) divulgados na última quinta-feira, 27. O estado saiu de 0 km² em janeiro para 9 km² em maio, deste ano.
De acordo com a publicação, houve um aumento de 2% em relação ao total de meses de 2024. O estudo analisou dados de janeiro a maio. Ou seja, os primeiros cinco meses. Março registrou 3 km² de área desmatada, contra 1 km² de fevereiro. Abril houve uma ligeira queda com relação a março, fechou em 2 km², mas voltou a subir drasticamente em maio: 9 km².
Apesar disso, ao analisar os primeiros cinco meses de 2023 e de 2024, percebe-se que no ano anterior, o desmatamento foi maior. Alcançou os 25 km². O acumulado de janeiro a maio deste ano fechou em 15 km², redução de -40%.
Para reduzir ainda mais o desmatamento, Raissa Ferreira, pesquisadora do Imazon, alerta sobre a necessidade de intensificar as ações de fiscalização, punição e embargo das áreas desmatadas, seja pelo governo federal ou seja pelas gestões estaduais, que possuem prerrogativa legal para atuar inclusive em áreas da União.
“Além disso, é preciso agilizar a destinação de florestas públicas ainda sem uso definido para a conservação, com a criação de novas áreas protegidas. Apesar de seguirem pressionados, esses territórios ainda são os que menos registram derrubada da floresta”, completa.