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Dengue dispara no Acre em meio à pandemia de covid-19 e médico faz alerta

Dengue dispara no Acre em meio à pandemia de covid-19 e médico faz alerta

O médico infectologista, Eduardo Farias, falou a respeito das diferenças e semelhanças entre os sintomas da dengue e da covid-19. Com a chegada do inverno amazônico, os casos de dengue se multiplicaram no Acre. Com sintomas característicos em alguns pontos, as duas doenças infecciosas causam “confusão” em médicos e pacientes para o diagnóstico preciso. Nesse sentido, Farias alerta para alguns detalhes que podem fazer a diferença na hora de identificar qual doença o paciente foi acometido.

Ao Notícias da Hora, Eduardo Farias disse que “de fato isso é um problema para pacientes e para médicos. Para médicos, a gente teria que dizer para os colegas pensar em dengue e não pensar só em covid-19. E a dengue ela pode ter um desfecho muito ruim também. Eles podem ter dengue hemorrágica, com processos hemorrágicos que muitas vezes causam óbito nos pacientes. Nós tivemos óbitos aqui no Acre, vários por dengue, principalmente em idosos e crianças”, alerta.

E acrescenta: “essa é uma outra característica, se a criança suporta mais a covid-19, quase não tem isso em criança, a dengue a criança é afetada e faz dengue grave, principalmente pediatras devem ficar mais atentos a essas doenças febris”.

Sintomas entre dengue e covid

Ao falar propriamente sobre as diferenças e semelhanças dos sintomas da dengue e da covid-19, Eduardo Farias é didático. O médico afirma que é importante a população observar as seguintes situações.

Ele pontua que, enquanto a dengue faz uma febre “muito alta e abrupta”, na covid-19 aparece uma febre mais branda. “Primeiro é a febre que é muito alta e abrupta [dengue]. Ela vem com uma febre muito alta. Normalmente a covid tende a fazer uma febre mais baixa, embora que tenha febre presente também”, explica.

Farias destaca que a dor de cabeça em casos de dengue é intensa, no popular, em cima dos olhos. Diferente da covid-19, que tem uma dor de cabeça mais enjoativa, na nuca, meio leve. “A dengue tem uma dor de cabeça muito forte, uma dor reforbitária que a gente fala. A covid tende a ter uma dor de cabeça mais na nuca ou uma dor de cabeça meio leve, meio como se fosse uma ressaca. A grande característica da dengue, logo que a febre passa, é aparecimento de erupções cutâneas, semelhança de uma alergia que coça muito. Dá para perceber que é dengue com essas coceiras. E a covid-19 tem ausência do olfato e do paladar, que também dá uma dica pra isso”.

Entretanto, Eduardo Farias alerta que “qualquer processo febril, seja dengue ou covid, os dois têm efeitos que podem ser muito graves, é procurar uma unidade de saúde, principalmente se a febre vier acompanhada de náuseas, vômitos ou de dor abdominal ou de alguma manifestação de sangramento. E com relação à covid, se apresentar esse quadro febril, com tosse, dor no tórax, dificuldade ou certo desconforto respiratório, procurar imediatamente uma unidade de saúde”.

Ao ser questionado, se o paciente pode contrair dengue e covid ao mesmo tempo, Farias explica que é raro, mas não descarta a hipótese. “Tecnicamente é possível, com certeza, se juntas, é muito grave com os pacientes”.