A dengue hemorrágica, complicação séria da infecção por dengue, preocupa especialistas devido à sua evolução rápida. Qualquer sorotipo do vírus pode desencadear essa condição, sendo o DEN-2 associado a um maior risco em segundas infecções.
Infectologistas explicam que a resposta inflamatória do vírus altera a coagulação, levando a hemorragias e perda de líquidos. Anticorpos formados durante uma segunda infecção desencadeiam uma resposta inflamatória exagerada, destruindo plaquetas e perturbando a coagulação.
Pessoas idosas e com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, enfrentam maior risco de complicações fatais, pois a dengue pode descompensar condições prévias.
Os sintomas iniciais são semelhantes à dengue clássica, mas a dengue hemorrágica se manifesta com sangramentos gengivais, cutâneos e oculares, além de dor abdominal e aumento de órgãos. O diagnóstico precoce é crucial para evitar complicações, sendo o tratamento eficaz essencial para uma recuperação rápida.
Em 2023, o Brasil registrou 1.474 casos de dengue grave a hemorrágica, tornando-se o segundo país na América Latina com mais casos graves, atrás apenas da Colômbia, com 1.504 casos.
Atualmente, o país enfrenta um aumento expressivo nos casos de dengue, com 555.583 casos prováveis este ano.
Os Estados mais afetados são Minas Gerais, São Paulo, Distrito Federal e Paraná, este último declarando situação de emergência. A incidência da doença é maior no Distrito Federal, Minas Gerais, Goiás e no Acre, estados que já declararam situação de emergência para a dengue.