Com a pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19), muitas instituições filantrópicas que cuidam de pessoas com dependência química vêm passando por dificuldades. É o caso da Centro de Recuperação Caminho de Luz. De acordo com José Muniz de Oliveira, o mestre Muniz, coordenador do Centro, a instituição não vem recebendo o repasse por parte do governo do Estado, em um convênio firmado.
Em entrevista ao jornalista, Willamis França, nesta quarta-feira (13), ele conta das dificuldades que o Centro vem enfrentando devido à pandemia da Covid-19. Ele salienta que antes, a Casa era mantida com a venda de produtos como mel, castanha e outros nos semáforos e na parte comercial de Rio Branco, mas com o isolamento social essa fonte financeira se esgotou.
Mestre Muniz fez um apelo ao governo do Estado, em específico a área social, para que o Centro Caminho de Luz e outros centros de recuperação possam receber o apoio com a doação a estes de sacolões. Além, é claro, de retomar o repasse a estes centros de recuperação.
“Era pra tudo, principalmente alimentação. Tinha a parte do combustível. Ajudava na energia. Ajudava de toda uma maneira de organização que não pesava tanto como hoje pesa. Sem ter esse auxílio, fica muito difícil dirigir essa Casa. É uma grande peleja para manter. Nós vendemos coisas nas ruas: castanha, doce e mel. Esperamos esse convênio, né, pedindo socorro mesmo. Não tem jeito de funcionar”, disse Muniz.
Vegetal, o chá milagroso
Vindo de Boca do Acre-AM, o jovem Diego Peixoto da Silva, 18 anos, conta sua experiência no mundo das drogas. Ele fala que iniciou fazendo uso do cigarro convencional, passando pela maconha, cocaína, até outros entorpecentes mais agressivos.
Mas, o que parecia perdido, ressurgiu uma oportunidade de mudança. Diego Peixoto teve um encontro com membros do Centro Caminho de Luz. No começo, ele se mostrou resistente à ideia de internação, mas hoje, após oito meses, o rapaz se considera curado ao fazer uso do chá da ayahuasca. Acompanhe o depoimento dele ao jornalista Willamis França.