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Dono de camionete que provocou acidente fatal sumiu e família faz “vaquinha” para custear despesas com funeral de idosa e o tratamento de um dos sobreviventes

Dono de camionete que provocou acidente fatal sumiu e família faz “vaquinha” para custear despesas com funeral de idosa e o tratamento de um dos sobreviventes

Mesmo com a morte horas após o acidente da idosa Rosita Anastácio, nenhum processo foi aberto contra o suposto infrator. Após o luto, família busca laudos periciais para abrir processo de responsabilidade civil e danos morais. Diego da Cruz Mota é identificado no Boletim de Ocorrência como condutor da camionete. Ele é acusado de não prestar nenhuma assistência às vítimas.

A família Anastácio faz uma famosa “vaquinha” pelas redes sociais pedindo ajuda para o tratamento do motoqueiro Jairo Anastácio Dias, uma das vitimas que sobreviveu à colisão provocada por uma camionete de placa QLY2C73 e duas motos: uma Honda/CG 160 Fan, de placa QWM4G06 e outra moto Honda/CB250 – Twister CBS de placa QWN7J68, ocorrido na última segunda-feira, dia 23 de setembro, no cruzamento das ruas Pernambuco e Manoel Cassiano, no bairro Bosque, em Rio Branco.

Três pessoas foram vítimas da colisão lateral e frontal: Regila Thaylane Nascimento de Souza, de 16 anos; Rosita Anastácio Araújo Dias, 68 anos e Jairo Anastácio Dias, 43 anos. Os dois últimos mãe e filho. Jairo era o condutor da Honda/CB250 – Twister CBS.

O condutor da camionete CHEVROLET/S10 LTZ DD4A era Diego da Cruz Mota, supostamente autor da infração considerada, no momento do acidente de natureza grave, “de lesão corporal culposa na direção de veículo” consta no Boletim de Ocorrência do Batalhão de Policiamento de Trânsito Urbano e Rodoviário.

Ocorre que, horas depois, uma das vítimas, dona Rosita Anastácio de Araújo Dias não resistiu aos impactos do acidente e foi à óbito no setor de emergência do Pronto Socorro de Rio Branco. O filho, Jairo Dias, teve perfuração nos pulmões e de seis a oito costelas quebradas. Encaminhado para a Fundação Hospitalar, passa desde a última sexta-feira, dia 30, por procedimentos para retirada de coágulos de sangue nos pulmões.

Passado o luto pela morte da avó, a família encontrou forças para saber quais providências o estado tomou com relação ao possível infrator. “Até aqui ele não procurou ninguém da família para prestar nenhum tipo de assistência” informou Amanda Dias, neta de dona Rosita e sobrinha de Jairo Dias.

De volta no local do acidente, Amanda ouviu, nesta terça-feira, dia 01, testemunhas que estavam no local e na hora das colisões. A neta de dona Rosita buscou imagens dos circuitos de câmeras das empresas instaladas no cruzamento da Rua Pernambuco com Manoel Cassiano.

“Há informações de que este cidadão Diego não era o condutor da camionete no momento do acidente. Mas, isso só pode ser comprovado com as imagens das câmeras”, acrescentou Amanda.

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Além disso, a família Anastácio afirma que o suposto infrator, não prestou nenhuma assistência às vítimas, no caso, ao funeral da avó (dona Rosita) e ao tratamento do tio, Jairo Dias. “Ele sequer nos deu um telefonema de condolências, quanto mais ajuda ao funeral, aos medicamentos do meu tio e aos danos materiais da moto”, desabafou.

Nesta quarta-feira, a família vai abrir um processo contra o suposto infrator pedindo responsabilização civil e danos morais. Amanda foi orientada a buscar uma Delegacia para dar andamento na causa.

O outro lado

No laudo do Batalhão de Trânsito, consta que Diego da Cruz Mota, se responsabilizou pelos danos materiais causados pelas colisões nas duas motos. “O senhor Diego que conduzia o veículo Chevrolet/S10 de placa QLY2C73 informou que transitava na rua Manoel Cassiano e no cruzamento da rua Pernambuco não avistou as motocicletas vindo a colidir com ambas”, diz o histórico do Batalhão de Trânsito.

Ainda de acordo informações que a reportagem teve acesso, Diego realizou teste do etilômetro que teve como resultado 0,00mg/l conforme amostra n° 2244.

O NH ouviu o senhor Diego da Cruz Mota que negou estar se esquivando de auxiliar as vítimas. “Prestei assistência no local do acidente e deixei meu telefone de contato. Estou com advogado acompanhando o caso”, informou.

O Instituto Médico Legal informou que o laudo cadavérico de dona Rosita Anastácia estará pronto em 30 dias, a contar do dia 23/09 e que será encaminhado para o delegado que presidir o inquérito policial.